O acusado é o governador de uma província da Argentina (Clive Rose/Getty Images)
EFE
Publicado em 28 de julho de 2017 às 13h31.
Última atualização em 28 de julho de 2017 às 15h19.
Buenos Aires - O ex-candidato a governador na província argentina de Entre Ríos Gustavo Rivas foi denunciado por suspeita de abuso sexual a 2 mil adolescentes, e agora os promotores Lisandro Beherán e Martina Cedrés buscam nesta sexta-feira depoimentos que contribuam com dados para o caso.
Beherán abriu o processo ontem, depois da publicação de uma reportagem na revista "Análisis Digital" intitulada "Os abusos do doutor", que detalha as ações de Rivas supostamente contra 2 mil menores de idade entre 1970 e 2010.
"Ele exibia vídeos pornográficos; os masturbava; praticava sexo oral; penetrava ou colocava objetos no ânus deles, em encontros semanais na sua casa", afirma a publicação.
Gustavo Rivas soube manejar certo poder político, ainda que sem muito sucesso, já que se apresentou como candidato a deputado nacional por Entre Ríos em 1985 e quis ser governador da província em 1987, ainda que nunca tenha vencido. O advogado, que tinha fama de homem culto, foi também presidente do Colégio de Advogados da sua província entre 1985 e 1991.
Após a denúncia, e em declarações ao programa "El Día desde Cero", Rivas disse o caso foi "armado e exagerado" e afirmou que "95% da história é mentira".
O promotor coordenador da Vara de Família, Lisandro Beherán, abriu uma investigação após a divulgação da matéria e encarregou Martina Cedrés para conduzir as investigações.
Martina ordenou duas investigações, uma na casa de Rivas, local onde, segundo a "Análisis Digital", aconteceu a maioria dos abusos, e uma em seu escritório em Gualeguaychú, cidade que deu ao político o título de "cidadão ilustre".