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Política da UE responde aos interesses dos EUA, diz Rússia

Política externa da União Europeia responde aos interesses dos Estados Unidos, lamentou o Ministério das Relações Exteriores russo ao comentar sanções


	União Europeia: "sentimos vergonha alheia pela União Europeia", diz Rússia
 (Georges Gobet/AFP/AFP)

União Europeia: "sentimos vergonha alheia pela União Europeia", diz Rússia (Georges Gobet/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2014 às 14h43.

Moscou - A política externa da União Europeia responde aos interesses dos Estados Unidos, lamentou nesta quarta-feira o Ministério das Relações Exteriores russo ao comentar as novas sanções adotadas contra a Rússia pelos vinte E oito por conta do apoio de Moscou aos separatistas pró-russos no leste da Ucrânia.

"Sentimos vergonha alheia pela União Europeia, que após uma longa busca de uma "voz própria" começou a falar com a voz de Washington, abandonando de fato os valores básicos europeus, entre eles a presunção de inocência", lamentou a Chancelaria russa em uma nota divulgada nesta quarta-feira.

A Rússia manifestou sua "decepção com a incapacidade da UE de desempenhar seu próprio papel nos assuntos internacionais".

Moscou advertiu Bruxelas que "as economias da Rússia e da União Europeia se comunicam, por isso que a terceira fase das sanções terá uma repercussão não menor na economia da UE do que na da Rússia".

"Os esforços demonstrados por alguns países da UE para tirar a todo custo esta decisão irracional são inversamente proporcionais às consequências (das sanções) para seu bem-estar", ressalta a nota da diplomacia russa.

No âmbito prático da aplicação das sanções europeias à Rússia, Moscou advertiu que as medidas tomadas pelos vinte E oito contra os bancos públicos russos e seu financiamento nos mercados europeus "terá consequências negativas para os bancos dos países-membros da UE que trabalham na Rússia".

Ao mesmo tempo, a Chancelaria russa considera que "as sanções setoriais (dirigidas contra setores concretos da economia russa) descumprem as normas da Organização Mundial do Comércio".

"É um passo irracional e irresponsável. Se traduzirá irremediavelmente na alta de preços no mercado energético europeu. De maneira deliberada, Bruxelas cria impedimentos na cooperação com a Rússia em um âmbito chave como é a energia", ressaltou a Chancelaria russa.

Os Estados Unidos e a União Europeia acordaram na terça-feira sanções econômicas à Rússia por não fazer o suficiente para diminuir a tensão na crise ucraniana e pelo derrubamento com um míssil de um avião de Malaysia Airlines por parte de rebeldes pró-Rússia no leste da Ucrânia.

As sanções se dirigem contra os bancos públicos russos, o setor da defesa e também o petroleiro.

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