Assunção - Soldados que participavam de uma operação antidrogas descobriram perto da fronteira com o Brasil o maior centro de coleta e distribuição de maconha desativado até o momento no Paraguai, no qual foram confiscadas cerca de 53 toneladas de droga, informou nesta sexta-feira a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad).
O achado aconteceu no curso da operação "Amambay II", que finalizou nesta sexta-feira após dez dias de incursões em Colônia María Auxiliadora, fronteiriça com o Brasil, onde a Senad expropriou nesse tempo um total de 107 toneladas de maconha e 1.650 quilos de semente.
O centro de coleta era um verdadeiro complexo de nível industrial composto por 11 acampamentos interligados com caminhos transitáveis para veículos e estava situado em uma área florestal da zona fronteiriça, segundo a fonte.
O complexo, que foi detectado por um helicóptero da Marinha Nacional que viajava o pessoal da Senad, estava a cerca de 15 quilômetros da zona de produção de maconha e cerca de 40 quilômetros da linha que separa a zona da fronteira brasileira.
Durante a operação nos acampamentos foram localizadas 52,5 toneladas de maconha solta, 500 quilos de maconha prensada e 100 quilos de semente, e foram expropriadas, além disso, 19 prensas de madeira de grande tamanho.
De acordo com a Senad, a droga produzida era transportada em caminhões ao centro de processamento e posteriormente transferida ao Brasil, o principal destino da maconha paraguaia.
Com o descobrimento do complexo, que foi destruído junto com a carga de maconha, a Senad finalizou sua operação na zona com um resultado de 107 toneladas de maconha incineradas e a inabilitação de 160 hectares de cultivo.
Na mesma operação foram destruídos também 45 acampamentos e 44 prensas e foi evitada a circulação de 586,8 toneladas de maconha que, se tivesse completado a fase de colheita, teriam gerado cerca de US$ 17,6 milhões às redes de narcotráfico, segundo a Senad.
O Paraguai é o principal produtor de maconha da América do Sul, onde as autoridades calculam que sejam cultivadas ilegalmente cerca de 30 mil toneladas por ano, quase tanto como no México.
Dessa produção, 80% se dirige ao Brasil através da fronteira terrestre e também por aviões de pequeno porte.
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1. Sinais de fumaça
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1/9 (Getty Images)
São Paulo - Nessa semana, o presidente uruguaio José Mujica fez história ao
assinar uma lei que criava um mercado legal de
maconha no país. Considerando que a criminalização da droga e o combate ao tráfico são ineficazes, o
Uruguai foi o primeiro país no mundo a legalizar a erva e colocar o controle da produção e venda nas mãos do Estado. Com a decisão, a discussão sobre a cannabis voltou ao centro das atenções - e outros governos já começam a pensar a respeito, indicando que novos mudanças na questão podem vir em um futuro próximo. Recentemente, o site
Weed Blog postou um mapa colaborativo onde pontua, no Google Maps, mais de 40 países que estão, ao menos, discutindo e repensando a questão. Veja a seguir oito países que, depois do Uruguai, estão discutindo a questão da legalização:
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2. Estados Unidos
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2/9 (Ron Wurzer/Getty Images)
Os
Estados Unidos talvez sejam o país que levantam de maneira mais fervorosa a bandeira do combate às drogas - principalmente contra a maconha. Mas as coisas estão mudando lentamente. Desde 1996, cerca do metade dos estados passou a permitir o uso medicinal da erva. Recentemente, o Colorado se tornou o primeiro estado americano a legalizar o uso recreativo, com venda controlada pelo governo. Resultado: mais de 3,5 milhões de dólares arrecadados em impostos. Nova York também passou a permitir o seu uso medicinal e científico.
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3. Holanda
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3/9 (Luis Acosta/AFP)
A
Holanda tem o histórico mais antigo de liberdade em relação à maconha: desde os anos 1970 existem os famosos coffee shops. Apesar de, em 2012, o governo ter tomado medidas no sentido da repressão - fechando coffee shops e restringindo à venda da maconha para os turistas, por exemplo -, cerca de 35 prefeitos estão organizados e pedem a legalização do cultivo da erva pelos holandeses.
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4. Marrocos
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4/9 (Andres Stapff/Reuters)
Até os anos 1950, era legal cultivar maconha no
Marrocos. Agora, com a erva na ilegalidade, apesar do país ser um grande produtor de maconha e haxixe, dois partidos políticos querem a "relegalização" do cultivo para uso médico e industrial.
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5. México
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5/9 (Jonathan Alcorn/Reuters)
O
México não vivencia grandes ondas de pressão pela legalização ou regularização da maconha - mesmo que dezenas de milhares tenham morrido na guerra às drogas nos últimos sete anos. Mas, na capital Cidade do México, foram propostas leis para permitir que certas lojas vendam até 5 gramas da erva. O prefeito da capital apoia a ideia, mas o governo federal desaprova. Ainda assim, pequenas quantidades de maconha e outras drogas foram descriminalizadas em 2009.
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6. Jamaica
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6/9 (Sean Gallup/Getty Images)
Na
Jamaica, até mesmo a posse da erva continua ilegal. Mas, geralmente, o indivíduo é obrigado a passar por reabilitação e pagar uma fiança para não ser preso. Desde os exemplos do Colorado e do Uruguai, muitos ativistas no país estão pressionando o governo para aprovar a descriminalização da cannabis.
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7. Guatemala
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7/9 (Getty Images)
O presidente do país, Otto Perez Molina, já falou na ONU que a guerra às drogas falhou. Ele sabe do que está falando, já que seu país é um ponto estratégico na rota da
cocaína no mundo. Ele anunciou, na ocasião, que a
Guatemala estava estudando o assunto depois de ver exemplos "visionários", como os de Colorado e Washington, nos Estados Unidos.
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8. Brasil
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8/9 (NELSON ALMEIDA/Getty Images)
No Brasil são cada vez mais frequentes as "Marchas da Maconha", que pedem a legalização da droga. O uso pessoal não é considerado crime, sim o transporte e o tráfico da droga. Atualmente, o grande debate é sobre a fragilidade da lei, que não deixa claro quanto de maconha é considerado uso pessoal e quanto já é considerado tráfico. Cabe ao juiz essa decisão, dando margem para subjetivismos e, por consequência, erros. O país tem como principal figura política a favor do "fim da guerra às drogas" o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso.
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9. Agora veja quem aprova e quem desaprova a erva
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9/9 (David McNew/Getty Images)