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Policiais canadenses são investigados por abuso de índias

A polícia canadense investiga uma dezena de policiais de Quebec suspeitos de agressões sexuais contra mulheres ameríndias

Um carro da polícia de Quebec, Canadá (GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP/Arquivos / Ian Willms)

Um carro da polícia de Quebec, Canadá (GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP/Arquivos / Ian Willms)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2015 às 22h27.

Montreal - A polícia canadense investiga uma dezena de policiais de Quebec, suspeitos de agressões sexuais contra mulheres ameríndias, algumas das quais foram reportadas como desaparecidas, segundo um programa da televisão pública emitido nesta quinta-feira.

A Segurança de Quebec (SQ, polícia da província) iniciou a investigação de 14 casos que envolvem agentes com sede em Val d'Or, 500 km a norte de Montreal, acusados de abusos sexuais e intimidação contra mulheres de etnias autóctones, segundo um programa da emissora Rádio Canadá, à qual algumas delas deram seu testemunho.

Após a difusão de trechos da emissão, o premiê de Quebec, Philippe Couillard, indicou que "as investigações terminarão em breve" e que a polícia entregará os resultados a um juiz de instrução.

"Provavelmente serão apresentadas acusações criminais" contra os envolvidos, acrescentou.

Até agora, pelo menos oito policiais foram formalmente envolvidos na investigação, segundo a Rádio Canadá.

A reportagem deu a palavra a várias mulheres que vivem na isolada região de Abitibi e que contaram como foram levadas à força para carros de patrulha policiais, onde foram forçadas a praticar atos sexuais.

Segundo os testemunhos, caso se negassem, eram espancadas e deixadas em áreas isoladas, no meio da floresta, sem importar as temperaturas baixíssimas e até mesmo seus telefones celulares eram danificados.

Uma das famílias de uma mulher desaparecida em 2014 destacou que a polícia demorou quase um ano para atender à denúncia apresentada.

A reportagem foi transmitida em um momento em que o futuro premiê canadense, Justin Trudeau, vencedor das eleições na segunda-feira, se comprometeu a que, uma vez assumir o cargo, em 4 de novembro, abrirá uma investigação nacional sobre o desaparecimento e morte de mil mulheres de etnias autóctones.

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