Ataque em Barcelona (Stringer/Reuters)
EFE
Publicado em 17 de agosto de 2017 às 20h56.
Barcelona - Os Mossos d'Esquadra, a polícia regional da Catalunha, encontrou "conexões claras" entre o atentado ocorrido nesta quinta-feira na região de Las Ramblas, em Barcelona, onde 13 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas, e a explosão em uma casa no município de Tarragona, onde seus moradores preparavam bombas.
O anúncio foi feito em uma entrevista coletiva pelo comandante da corporação, Josep Lluis Trapero, que confirmou a prisão de duas pessoas ligadas ao atentado: um, natural de Melilla, relacionado diretamente com a explosão em Tarragona, e outro, de origem marroquina, em Girona, vinculado com a van que hoje atropelou várias pessoas em Las Ramblas. Ele foi identificado como Driss Oukabir, de 28 anos, que já tinha sido detido por um mês na Espanha em 2012, onde vivia, por abuso sexual.
Trapero também confirmou que uma terceira pessoa, neste caso de origem espanhola e sem antecedentes criminais, morreu baleada por policiais após atropelar uma agente quando tentava furar uma blitz na saída de Barcelona. Por enquanto, este caso não foi ligado ao atentado terrorista.
O comandante dos Mossos d'Esquadra afirmou que, apesar de o autor material do atentado em Barcelona não ter sido detido - e não portava armas visíveis -, não se prevê que possa haver outro ataque terrorista na Catalunha de forma iminente.
Segundo Trapero, as forças de segurança trabalham com a hipótese de que se trata "claramente" de um atentado terrorista em que o autor agiu com a vontade de "matar o maior número de pessoas possível".
Os investigadores conseguiram estabelecer uma conexão "clara" e "com poucas dúvidas" entre a explosão na casa em Tarragona, ocorrida de madrugada e que causou a morte de uma pessoa, e o atentado da tarde, segundo o policial.