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Polícia portuguesa enfrenta manifestantes da greve geral

O sindicato considerou a atuação uma demonstração de "intimidação" do governo conservador

Polícia prende um homem durante confronto com manifestante nas 24 horas de greve nacional geral em Madri no dia 14 de novembro (Susana Vera/Reuters)

Polícia prende um homem durante confronto com manifestante nas 24 horas de greve nacional geral em Madri no dia 14 de novembro (Susana Vera/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2012 às 09h31.

Lisboa - A polícia enfrentou nesta quarta-feira vários piquetes que promoviam a greve geral em garagens de ônibus de Portugal, e o maior sindicato lusitano, a Confederação Geral de Trabalhadores de Portugal (CGTP), considerou a atuação uma demonstração de "intimidação" e "tensão" do governo conservador.

Segundo porta-vozes sindicais e veículos de comunicação estatal, os maiores distúrbios aconteceram em garagens de ônibus de Pontinha e Vimeca no distrito de Lisboa, embora não haja informações de feridos graves nem de detenções.

O secretário-geral da CGTP, Armênio Carlos, declarou aos jornalistas que o envio de forças policiais a centros de trabalho do transporte é "inadmissível", limita o direito à greve e reflete o temor do Executivo conservador quanto a seus efeitos.

A greve geral de hoje, a terceira em um ano, reduziu drasticamente o transporte público em Portugal, embora o trânsito tivesse engarrafamentos frequentes nos acessos às grandes cidades, como a capital e Porto.

A CGTP considerou as primeiras horas do protesto um sucesso e calculou a adesão "em mais de 90%" em diversos serviços, sobretudo o transporte.

As ferrovias, tanto locais quanto interurbanas, os metrôs de Lisboa e do Porto, os ônibus e as conexões fluviais foram fortemente afetados pelo protesto e não houve serviços municipais de limpeza na capital e nos centros urbanos próximos.

Carlos e os principais dirigentes das duas forças marxistas do Parlamento português, o Partido Comunista (PCP) e o Bloco de Esquerda (BE) participaram durante a madrugada dos piquetes que promoveram a greve em Lisboa e convocaram a população a apoiá-la para mostrar rejeição à política de austeridade. 

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