Tel Aviv: o ataque deixou dois israelenses mortos e outros sete feridos (Baz Ratner / Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de janeiro de 2016 às 09h16.
Jerusalém - A polícia e os serviços secretos israelenses continuam nesta segunda-feira, pelo terceiro dia consecutivo, a busca o atirador que na sexta-feira abriu fogo contra um pub em Tel Aviv, um árabe-israelense que trabalhava na cidade e que aparentemente fugiu para um dos bairros que conhece bem.
Fontes policiais confirmaram à Agência Efe que a busca continua "com toda a intensidade", e que por enquanto acharam pequenos objetos abandonados do agressor em torno da construção em que trabalhava.
Trata-se de um telefone celular que foi denunciado por transeuntes quando o ouviram tocar e de um martelo, informou hoje a imprensa local.
A porta-voz da polícia, Luba Samri confirmou que desde o ataque, que deixou dois israelenses mortos e outros sete feridos, o centro municipal de emergências recebe constantes chamados, "um aumento de 1000%", de gente que acredita ter visto o suspeito, Nashat Milhem.
De 30 anos e natural da cidade de Arasse, na região de Wadi Ara, no norte de Tel Aviv, Milhem entrou em um pub atirando e fugiu imediatamente depois.
A polícia mantém detido um de seus irmãos, possível cúmplice, e ontem interrogou durante horas seu pai, que foi quem o delatou após ver as imagens do tiroteio na televisão.
Samri explicou que a busca "foi ampliada a várias partes do país", pela possibilidade de ele ter saído de Tel Aviv, e decidiu não divulgar mais dados dele para não pôr em risco a investigação.
A população da cidade, que é o coração econômico do país, se queixou de que a polícia não estabelceu restrições de movimento até encontrar o suspeito, e de as aulas terem sido mantida apesar de saber que Milhem está armado com uma arma automática e que tem vários carregadores.
O prefeito de Tel Aviv, Ron Huldaí, pediu a população que aja com "normalidade", mas disse entender que os pais não queiram mandar seus filhos aos colégios.
Segundo o jornal "Yedioth Ahronoth", as salas de aula têm tido a ausência de vários alunos. Em um conhecido instituto com 1.600 alunos só 230 foram as aulas ontem.
Os dados municipais confirmam que no norte da cidade, onde se suspeita que atirador tenha fugido, a presença não supera os 50%, e no centro e no sul da cidade varia entre 70% e 90%.
A polícia também investiga a relação entre o ataque ao pub e o assassinato de um taxista árabe-israelense alguns quilômetros mais ao norte uma hora depois do primeiro incidente, por não descartar que ambos estejam relacionados.