FMI: Hollande reafirmou que manterá até o dia 15 de julho o estado de emergência (Christian Hartmann/Reuters)
EFE
Publicado em 16 de março de 2017 às 14h39.
Paris - Os investigadores franceses tentam determinar se a carta-bomba que feriu uma pessoa nesta quinta-feira na sede do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Paris está relacionada com um pacote com material explosivo interceptado ontem no Ministério de Finanças da Alemanha, em Berlim.
O presidente francês, François Hollande, que se referiu ao fato como um atentado, declarou à imprensa que pretende "apurar as causas do ocorrido em Paris no marco de uma investigação internacional".
Hollande apontou que "há semelhanças" com o incidente em Berlim, em alusão ao pacote com material explosivo que foi interceptado no Ministério de Finanças e que, segundo as forças de segurança alemãs, poderia ter causado "ferimentos de consideração" em quem o tivesse aberto.
Fontes da Procuradoria Antiterrorista de Paris, que dirige as investigações das quais se ocupam agentes da Subdireção Antiterrorista (SDAT) e da Direção Geral da Segurança Interior (DGS, os serviços secretos), declararam à Agência Efe que "não se pode ignorar o que aconteceu na Alemanha".
Em Paris, uma mulher ficou ferida levemente no rosto e nas mãos pela deflagração na sede do FMI - que divide o edifício com o Banco Mundial -, segundo o chefe de polícia da capital francesa, Michel Cadot.
A Procuradoria Antiterrorista ainda não deu pistas sobre a origem do envelope explosivo.
O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, manifestou em comunicado sua "profunda comoção por este ato de violência" no edifício que compartilham com o FMI e ofereceu seu apoio aos funcionários deste organismo.
Hollande, por sua vez, reafirmou que manterá até o dia 15 de julho o estado de emergência, decretado na França por ocasião dos atentados jihadistas de Paris de 13 de novembro de 2015.