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Polícia investiga campanha com cartazes contra o Papa em Roma

Os cartazes apareceram durante o fim de semana nos muros de vários bairros centrais da capital italiana

Cartaz contra o papa: "A France (Francisco), você tutelou congregações, removeu sacerdotes, decapitou a Ordem de Malta e a dos Franciscanos da Imaculada, ignorou cardeais, ma n'do sta la tuamisericórdia (onde está a sua misericórdia?)", diz o cartaz (Max Rossi/Reuters)

Cartaz contra o papa: "A France (Francisco), você tutelou congregações, removeu sacerdotes, decapitou a Ordem de Malta e a dos Franciscanos da Imaculada, ignorou cardeais, ma n'do sta la tuamisericórdia (onde está a sua misericórdia?)", diz o cartaz (Max Rossi/Reuters)

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AFP

Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 15h44.

Autoridades italianas tentavam nesta segunda-feira identificar os responsáveis por uma campanha sem precedentes contra o papa Francisco, lançada em Roma por meio de centenas de cartazes criticando o pontífice.

Os cartazes apareceram durante o fim de semana nos muros de vários bairros centrais da capital italiana e neles se vê a imagem de Francisco, com cara de raiva e uma legenda em dialeto romano.

"A France (Francisco), você tutelou congregações, removeu sacerdotes, decapitou a Ordem de Malta e a dos Franciscanos da Imaculada, ignorou cardeais, ma n'do sta la tuamisericórdia (onde está a sua misericórdia?)", diz o cartaz em tom irônico.

As acusações a Francisco dizem respeito a problemas que ele teve com os setores mais conservadores da Igreja Católica e da Cúria Romana, a poderosa máquina central da Igreja.

Os dizeres citam, entre outros, a guerra travada com a Ordem de Malta e a aposentadoria forçada do ultraconservador Stefano Manelli, de 83 anos, fundador em 1970 da ordem dos Frades Franciscanos da Imaculada.

Também critica o fato de que o Papa "ignora cardeais", em uma alusão aos quatro cardeais ultraconservadores que pediram publicamente em uma carta datada de setembro que Francisco corrija os "erros doutrinais" de sua encíclica Amoris Laetitia.

A polícia analisa as imagens de câmeras de segurança para tentar determinar os responsáveis pelo ato.

Em um programa de televisão, o cardeal Marc Ouellet, prefeito da Congregação dos Bispos, conhecido por suas posições conservadoras, condenou no domingo "os métodos anônimos, inspirados pelo diabo, que querem semear a divisão".

Sem fazer referência direta ao caso, o Papa falou no domingo durante o Angelus da "difamação e calúnia" entre os católicos.

"Estas sementes arruínam a nossa comunidade, que deveria brilhar por sua acolhida, solidariedade e reconciliação", afirmou.

Segundo o jornal La Stampa, após ser informado da campanha, o Papa reagiu com "serenidade e indiferença".

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