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Polícia espanhola vasculha sede do partido governista

Investigações sobre corrupção ameaçaram desestabilizar o governo no início do ano


	Mariano Rajoy: taxa de popularidade de Rajoy, já abalada pela crise econômica que levou um a cada quatro espanhóis a ficar sem emprego, caiu abruptamente quando o escândalo veio à tona
 (Sergio Perez/Reuters)

Mariano Rajoy: taxa de popularidade de Rajoy, já abalada pela crise econômica que levou um a cada quatro espanhóis a ficar sem emprego, caiu abruptamente quando o escândalo veio à tona (Sergio Perez/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2013 às 09h37.

Madri - A polícia espanhola realizou buscas por 14 horas na sede do Partido Popular (PP), do primeiro-ministro Mariano Rajoy, como parte das investigações sobre corrupção que no início do ano ameaçaram desestablizar o governo.

Os policiais entraram no local na noite de quinta-feira por ordem do juiz Pablo Ruz, responsável pelo inquérito, e buscaram por documentos e recibos que possam servir como evidência de desvio de verbas relacionadas à reforma do prédio, realizada entre 2005 e 2011, disse um porta-voz do PP. Eles deixaram o edifício no centro de Madri na manhã desta sexta-feira.

O resultado da operação não foi revelado, segundo uma fonte judicial.

Ruz examina denúncias sobre transações de caixa dois operado pelo ex-tesoureiro do PP, Luis Bárcenas, que sob testemunho disse ter recebido milhões de euros em doações em dinheiro vivo de magnatas da construção civil, repassando-as a líderes do partido.

Rajoy e outro líderes do PP negaram qualquer irregularidade e não se tornaram alvos diretos na investigação de Ruz.

A taxa de popularidade de Rajoy, já abalada pela crise econômica que levou um a cada quatro espanhóis a ficar sem emprego, caiu abruptamente quando o escândalo veio à tona, mas vem se recuperando, com as investigações ainda fortemente focadas em Bárcenas.

De acordo com documentos judiciais, Bárcenas escondeu até 48 milhões de euros (65,6 milhões de dólares) em contas na Suíça. O ex-tesoureiro está preso a espera de julgamento, sob acusações que incluem lavagem de dinheiro e fraude fiscal, em casos separados de corrupção.

Ele também foi acusado no caso de caixa dois.

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