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Polícia do Equador prende dois suspeitos do assassinato de promotor antimáfia

César Suárez foi morto a tiros enquanto dirigia seu carro por um bairro no sudoeste do país

Equador: país vive sob uma elevada onde violência com a guerra entre o presidente Noboa e traficantes (AFP Photo)

Equador: país vive sob uma elevada onde violência com a guerra entre o presidente Noboa e traficantes (AFP Photo)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 18 de janeiro de 2024 às 13h57.

Dois homens suspeitos de envolvimento no assassinato de um promotor antimáfia equatoriano na quarta-feira em Guayaquil foram presos, informou o comandante da polícia, general César Zapata, nesta quinta, 18.

"Prendemos 2 suspeitos envolvidos no assassinato do promotor César Suárez, em #GYE (Guayaquil, ndr), após procedimentos investigativos que nos permitiram identificar a suposta participação no ato criminoso", indicou o delegado na rede social X.

Ele acrescentou que, entre os "indícios" encontrados pelos agentes, constam uma espingarda, duas pistolas, carregadores e dois veículos.

Em imagens divulgadas pelo comandante, também são vistos uniformes de instituições públicas e outras peças de vestuário.

O promotor Suárez foi morto a tiros na quarta-feira quando dirigia seu veículo por um bairro do porto de Guayaquil (sudoeste). Posteriormente, a polícia encontrou um veículo queimado e que tem relação com o crime.

Suárez investigava um recente ataque armado contra uma emissora de televisão em Guayaquil, no contexto de uma sangrenta escalada da violência por parte de organizações de tráfico de drogas, à qual o governo declarou guerra.

"Diante do assassinato do nosso camarada César Suárez (...) serei enfática: grupos do crime organizado, criminosos, terroristas não impedirão nosso compromisso com a sociedade equatoriana", expressou então a procuradora-geral Diana Salazar, em um vídeo divulgado na rede X.

Investigações antimáfia

A espetacular invasão durante a transmissão de um programa do canal TC, no dia 9 de janeiro, chocou o país e levou o presidente Daniel Noboa a declarar um "conflito armado interno". O presidente ordenou que os militares "neutralizassem" cerca de 20 gangues de traficantes, por ele chamadas de "terroristas".

Desde então, tanques militares patrulham o país e entraram nos presídios para recuperar o controle. Nesta quinta-feira, imagens divulgadas pela imprensa local mostram uma dezena de veículos blindados estacionados em frente à prisão de Guayaquil. Posteriormente, foi anunciado que os militares entraram no prédio.

Segundo a polícia, duas pessoas foram assassinadas na madrugada em diferentes bairros da cidade.

O promotor Suárez liderou as investigações que revelaram a infiltração de máfias no sistema judicial e escândalos de corrupção na compra de material médico durante a pandemia da covid-19.

Empresário deportado

Entre os condenados em 2021 neste último caso estava o empresário Daniel Salcedo, que cumpriu apenas dois dos 13 anos a que foi condenado e se beneficiou de uma decisão judicial que lhe concedeu liberdade.

Também envolvido no caso "Metástase", que revelou em dezembro os vínculos de um poderoso traficante de drogas com juízes, procuradores, policiais e um ex-diretor da administração penitenciária, Salcedo foi deportado na quarta-feira do Panamá, após um alerta vermelho lançado pela Interpol.

Após o assassinato de Suárez, o ministro da Defesa, Gian Carlo Loffredo, expressou o "forte compromisso do governo nacional em apoiar a administração da Justiça", acrescentou o ministro.

A procuradora-geral também denunciou ameaças de morte contra ela por parte de um dos líderes da gangue "Los Lobos", que fugiu da prisão em meio aos tumultos da semana passada.

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