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Polícia do Congo matou 51 pessoas em operação contra gangues

Organização Human Rights Watch acusou nesta terça-feira a polícia da República Democrática do Congo de executar sumariamente ao menos 51 pessoas


	Policiais: HRW disse que nenhum dos policiais presos ou processados desde que a operação teve início foram ligados aos assassinatos
 (AFP)

Policiais: HRW disse que nenhum dos policiais presos ou processados desde que a operação teve início foram ligados aos assassinatos (AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2014 às 09h24.

Kalemie - A organização Human Rights Watch (HRW) acusou nesta terça-feira a polícia da República Democrática do Congo de executar sumariamente ao menos 51 pessoas em uma operação de repressão a gangues e de ser responsável pelo desaparecimento de ao menos outros 33 indivíduos.

O relatório, baseado em relatos de testemunhas, é o segundo documento de grande visibilidade sobre a Operação Likofi --ou 'soco', no idioma lingala--, lançada há um ano para lidar com gangues criminosas na capital Kinshasa.

A HRW, sediada nos Estados Unidos, acusou policiais envolvidos na Operação Likofi de executar jovens desarmados na frente dos familiares em casa e em mercados, numa tentativa de intimidade a população local.

A mãe de um dos homens assassinados pela polícia contou que um dos policiais disse a quem observava: "Venham ver. Matamos um 'kuluna' (membro de gangue) que fazia vocês sofrerem." A HRW disse ser provável que mais execuções tenham ocorrido, além das 51 que conseguiu documentar. Um policial integrante da operação disse à HRW que bem mais de 100 pessoas foram mortas.

O ministro do Interior, Richard Muyej, disse à Reuters que os casos de desvios de conduta estavam sob investigação. "Os casos de má conduta foram encaminhados ao sistema judiciário. Para nós, a transparência é importante... Diante das cortes existem casos de policiais envolvidos nessa operação. Somos transparentes acerca disso tudo", disse Muyej.

No entanto, a HRW disse que nenhum dos policiais presos ou processados desde que a operação teve início foram ligados aos assassinatos e desaparecimentos da operação em si.

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