Retrato-falado divulgado pela polícia tailandesa: câmeras de segurança no local do atentado mostram um jovem que entrou com uma mochila e saiu sem ela (Reuters/ Royal Thai Police)
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2015 às 08h18.
Bangcoc - A polícia da Tailândia divulgou nesta quarta-feira o retrato-falado do principal suspeito de ter cometido o atentado que matou 20 pessoas e feriu outras 123 em um altar religioso no centro de Bangcoc na segunda-feira.
O retrato apresenta uma pessoa de "traços indeterminados asiático-europeus", cabelo preto encaracolado e óculos, segundo o jornal "Khaosod".
As autoridades ainda tentam estabelecer sua nacionalidade e se continua no país, enquanto ofereceram uma recompensa de 1 milhão de baht (cerca de US$ 28 mil) por qualquer informação que leve a sua detenção.
As câmeras de segurança localizadas ao redor do local do atentado mostram um jovem vestido com uma camiseta amarela que entrou no recinto com uma mochila e que depois saiu sem ela, minutos antes da explosão.
O chefe da polícia da Tailândia, Somyot Pumpanmuang, informou hoje que as autoridades acreditam que o atentado foi cometido por um grupo de pessoas.
"Não suspeitamos de uma pessoa, suspeitamos de várias. Acreditamos que há tailandeses envolvidos, mas não estamos dizendo que sejam só tailandeses ou estrangeiros", declarou Somyot em entrevista coletiva .
A bomba de fabricação caseira, carregada com entre três e cinco quilos de dinamite e estilhaços, segundo as primeiras investigações policiais, pretendia causar o maior número de vítimas possíveis, de acordo com a versão oficial.
Passados dois dias, 68 dos 123 feridos continuam hospitalizados, alguns deles em estado crítico.
Até o momento ninguém reivindicou a autoria do ataque, enquanto o governo não descarta nenhuma possibilidade.
Uma segunda bomba explodiu ontem perto de um atracador onde confluem vários serviços de transporte público, mas não causou vítimas depois que o artefato caiu em um rio.
O porta-voz governamental, Werachon Sukhontapatipak, afirmou que ainda não é possível estabelecer uma conexão direta entre ambos incidentes.