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Polícia da França está à caça de assassino em país comovido

O assassino circulava em uma moto branca quando cometeu o atentado contra a escola judaica

As autoridades francesas temem, acima de tudo, que o assassino volte a agir
 (Philippe Desmazes/AFP)

As autoridades francesas temem, acima de tudo, que o assassino volte a agir (Philippe Desmazes/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2012 às 10h57.

Toulouse - A polícia francesa se lançou nesta terça-feira em uma caçada humana com meios excepcionais para encontrar o assassino em série, autor provável dos homicídios de três militares e da matança realizada na véspera em uma escola judaica, que deixou o país comovido.

Em todas as escolas da França foi respeitado um minuto de silêncio nesta terça-feira às 11h (7h de Brasília) em homenagem às vítimas do ataque da escola Ozar Hatorah de Toulouse (sul), que deixou quatro mortos, entre eles três crianças de 4, 5 e 7 anos, e um ferido grave, de 17 anos.

O presidente Nicolas Sarkozy esteve presente em um colégio do centro de Paris para participar na homenagem.

Sarkozy tomou brevemente a palavra diante dos alunos para reiterar que fará todo o necessário para encontrar o assassino.

O candidato socialista à presidência francesa François Hollande também participou do minuto de silêncio em uma escola de Pré-Saint-Gervais (periferia de Paris).

"Não são apenas vossos filhos, são os nossos", havia declarado Sarkozy na segunda-feira em Toulouse ao visitar o local do massacre.

Entre as pistas seguidas pela polícia figura a de um assassino de ideologia racista e antissemita que reivindique a adesão à ultradireita.

No dia 11 de março, o suposto assassino em série matou em Toulouse um militar de origem magrebina. No dia 15 de março, disparou contra três soldados de um regimento de paraquedistas na cidade vizinha de Montaubnan, dois de origem magrebina e o terceiro antilhano. Dois morreram e o outro ficou gravemente ferido.

"Não sabemos quem é o assassino. Por enquanto, o trabalho continua. Não avançamos mais que isso", declarou nesta terça-feira o ministro do Interior, Claude Guéant.


"Uma testemunha viu que carregava uma pequena câmera no pescoço", acrescentou o ministro em declarações à emissora Europe 1.

Segundo vários meios de comunicação, o regimento de paraquedistas de Montauban, ao qual pertenciam os militares mortos no dia 15 de março, foi palco de demonstrações nazistas por parte de três militares, o que foi denunciado em 2008 aos superiores por outro militar, que posteriormente abandonou o Exército.

"Efetivamente foram realizadas investigações sobre militares que podem ter sido expulsos do Exército e que poderiam ter um desejo de revanche, que poderiam expressar opiniões neonazistas, isso é verdade. É uma pista entre outras, e não é privilegiada especialmente", disse o ministro.

Após a matança na escola judaica, a França mobilizou meios excepcionais para encontrar o assassino, de frieza e determinação assustadores e que é suspeito dos sete assassinatos.

Nicolas Sarkozy anunciou que era aplicado, pela primeira vez na França, o nível mais alto, "escarlate", do dispositivo de alerta antiterrorista chamado de Vigipirate na região de Toulouse. Foram enviados à região reforços policiais, em particular de unidades de elite treinadas para as intervenções mais difíceis.

As autoridades francesas temem, acima de tudo, que o assassino volte a agir.

"Estamos preocupados com a eventualidade de que queira cometer um quarto atentado", reconheceu Claude Guéant.

O assassino circulava em uma moto preta quando atacou os militares, e em uma moto branca quando cometeu o atentado contra a escola judaica. "Mas (a moto) pode ter sido transformada", disse o ministro.

Uma fonte próxima à investigação indicou à AFP que se trata efetivamente da mesma moto, uma Yamaha T-MAX 500 cm3 que foi roubada no dia 6 de março na região de Toulouse.

Nos três ataques foi utilizada a mesma arma, uma pistola automática de calibre 11,43.

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