Incêndio em Londres: pelo terceiro dia consecutivo, os bombeiros farão uma revisão nos andares do prédio (Carl Court/Getty Images)
EFE
Publicado em 16 de junho de 2017 às 06h43.
Londres - A polícia do Reino Unido admitiu nesta sexta-feira ser possível que muitas das pessoas mortas no incêndio da última quarta-feira na torre residencial Grenfell, no oeste de Londres, não possam ser identificadas.
As forças de segurança disseram que por enquanto, são 17 os mortos pelo fogo que destruiu o edifício de 24 andares, onde residiam entre 400 e 600 pessoas, mas esperam que o número aumente, pois alguns moradores ficaram presos pelo incêndio.
O comandante da Polícia Metropolitana de Londres (Met), Stuart Cundy, disse que "infelizmente, há um risco que não possamos identificar todo o mundo", e acrescentou que espera que o número total de mortos não seja superior a "três dígitos".
Pelo terceiro dia consecutivo, os bombeiros farão uma revisão nos andares do prédio, composto por 120 apartamentos, muitos deles de proteção social, enquanto aumentam as críticas sobre a segurança em outros edifícios semelhantes no Reino Unido.
As autoridades são criticadas pelo estado em que se encontrava o edifício, mesmo depois que alguns moradores denunciaram que os alarmes de incêndio não funcionavam e também pelo material utilizado no revestimento do imóvel, composto por polietileno, que explicaria a rapidez com que se propagaram as chamas na madrugada de quarta-feira.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, ordenou uma investigação oficial sobre a tragédia para checar "ao fundo" tudo o que aconteceu para que não tenha uma nova tragédia.
May é também foi criticada hoje pela imprensa local por não ter falado ontem com as vítimas quando visitou o bairro do norte de Kensington, onde fica o edifício.
A primeira vítima foi identificada como o refugiado sírio Mohammed Alhajali, de 23 anos, que estudava engenharia civil e que estava no 14º andar quando teve início o incêndio.