Mundo

Polícia britânica intima Julian Assange para sua extradição

Enquanto continuar dentro da embaixada do Equador, o australiano está em território diplomático e, portanto, fora do alcance das autoridades britânicas

Assange em tribunal de Londres: o criador do WikiLeaks se refugiou no dia 19 de junho na embaixada equatoriana para evitar uma extradição à Suécia
 (Leon Neal/AFP)

Assange em tribunal de Londres: o criador do WikiLeaks se refugiou no dia 19 de junho na embaixada equatoriana para evitar uma extradição à Suécia (Leon Neal/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2012 às 10h36.

Londres - A Scotland Yard anunciou que enviou uma carta nesta quinta-feira ao fundador do WikiLeaks Julian Assange, refugiado há nove dias na embaixada do Equador em Londres, para que se apresente à polícia visando a sua extradição à Suécia.

"É uma prática habitual nos casos de extradição e é o primeiro passo do processo", disse um porta-voz da polícia no dia fixado pela Suprema Corte para o início do processo de extradição.

O porta-voz da Scotland Yard não indicou o local do encontro, mas, segundo a agência de notícias britânica Press Association, o australiano, de 40 anos, está convocado na sexta-feira a uma delegacia do centro da capital.

Assange, de 40 anos, "segue infringindo os termos de sua liberdade condicional", acrescentou o porta-voz. "Não se apresentar seria outra violação das condições e se expõe a ser detido".

Enquanto continuar dentro da embaixada do Equador, no entanto, o australiano está em território diplomático e, portanto, fora do alcance das autoridades britânicas. Mas pode ser detido quando sair da legação.

O criador do WikiLeaks se refugiou no dia 19 de junho na embaixada equatoriana para evitar uma extradição à Suécia, país que o requer para interrogá-lo por quatro supostos crimes de agressão sexual, que nega ter cometido e pelos quais ainda não foi acusado formalmente.

Assange está à espera de uma decisão sobre seu pedido de asilo político ao Equador, cujas autoridades avaliam se é certo, como ele diz, que é vítima de uma perseguição política após o vazamento de milhares de documentos secretos dos Estados Unidos, país onde, segundo ele, poderia terminar sendo extraditado e condenado à morte por espionagem.

Acompanhe tudo sobre:EuropaJulian AssangePaíses ricosPersonalidadesReino UnidoWikiLeaks

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA