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Polícia britânica faz 56 prisões durante casamento real

Segurança também usou tropas especiais com cães farejadores que patrulhavam em busca de explosivos, enquanto helicópteros sobrevoavam a área para proteger a cerimônia

Alguns suspeitos planejavam a decapitação de estátuas reais. Ocorreram apenas tentativas de pequenos delitos (Getty Images)

Alguns suspeitos planejavam a decapitação de estátuas reais. Ocorreram apenas tentativas de pequenos delitos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2011 às 18h53.

Londres - A polícia britânica prendeu 56 pessoas em Londres na sexta-feira por uma série de delitos menores, numa das maiores operações de segurança na capital britânica, por ocasião do casamento real.

Cerca de 5.000 policiais trabalharam para controlar a enorme multidão agitando bandeiras, ao lado de cerca de 1.000 soldados, ao longo do percurso da Abadia de Westminster à residência da rainha Elizabeth em Londres, o Palácio de Buckingham.

Tropas especiais com cães farejadores patrulhavam a rota em busca de explosivos, enquanto helicópteros sobrevoavam a área, como parte da operação para proteger o príncipe William e sua mulher, Kate Middleton.

Às 13h15 (horário de Brasília), um porta-voz da Polícia Metropolitana disse que houve 56 detenções. Mais da metade dos presos foram detidos por delitos menores de distúrbio da ordem pública.

A polícia prendeu dez pessoas na estação ferroviária de Charing Cross quando foi constatado que carregavam cartazes antimonarquia.

Um milhão de pessoas ficaram na rota entre a Igreja e o Palácio de Buckingham e 500.000 assistiram ao casal aparecer na sacada do palácio, de acordo com a polícia.

A polícia disse estar ciente da presença de cerca de dez manifestantes em Soho Square, no centro de Londres, do "Right Royal Orgy Group" ("grupo de direito à orgia real"), e o grupo estava sendo monitorado. Havia também 70 manifestantes no Red Lion Square do "Partido Republicano do Chá" - outro grupo antimonarquista - que também estava sendo vigiado.

Alguns manifestantes se reuniram em Trafalgar Square, onde pessoas estavam assistindo à cerimônia em uma tela gigante, e mostraram uma faixa reclamando de cortes do governo aos serviços públicos e do papel dos militares da Grã-Bretanha no exterior.


Antes, três pessoas -- dois homens, de 45 e 68 anos, e uma mulher de 60 -- foram detidos no sudeste de Londres por suspeita de conspiração para causar uma perturbação da ordem pública e violação da paz. Eles são suspeitos de planejar a decapitação de estátuas reais.

Uma quarta pessoa, descrita pela polícia como "um anarquista bem conhecido", foi preso em Cambridge, nordeste de Londres.

A polícia estava preparada para uma ampla gama de possíveis ameaças, de militantes republicanos irlandeses a grupos islâmicos, de anarquistas a fãs fanáticos.

A força de Londres foi criticada pela sua atuação durante os protestos estudantis no ano passado, quando os manifestantes atacaram um carro que transportava o príncipe Charles e sua esposa Camilla, duquesa de Cornwall.

A grande operação para manter as multidões seguras e para garantir que a rede de transportes de Londres, muitas vezes imprevisível, corresse bem foi vista como um teste para a cidade, que receberá os Jogos Olímpicos do ano que vem.

"Em muitos aspectos, é uma boa prática para as Olimpíadas", disse o prefeito de Londres, Boris Johnson.

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