Fórum Econômico de Davos: reunião acontecerá de 17 a 20 de janeiro e reunirá 3.000 participantes (Fabrice Coffrini / AFP)
Reuters
Publicado em 11 de janeiro de 2017 às 09h11.
Londres - Sociedades divididas, populismo em ascensão e temores sobre mudanças climáticas no mundo lideram a lista de riscos enfrentados por políticos, presidentes de bancos centrais e líderes empresariais que se reunirão em Davos na semana que vem.
O mundo mudou dramaticamente um ano após o último encontro nos Alpes Suíços, incluindo com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e com a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia, eventos que demonstraram o grande desencanto popular com a globalização.
"O homem de Davos" - aqueles que se reúnem todos os anos no Fórum Econômico Mundial - enfrenta novas ameaças em 2017 também, com eleições na Holanda, França, Alemanha e provavelmente na Itália, todas oferecendo possibilidade de resultados contrários ao establishment atual.
Antes da reunião anual em Davos, o relatório Riscos Globais 2017 do fórum divulgado nesta quarta-feira ressaltou o aumento da renda e a desigualdade de riquezas como a tendência mais provável a determinar o desenvolvimento global na próxima década.
Embora a expectativa seja de que a economia mundial continue crescendo neste ano - auxiliada por cortes de impostos previstos nos EUA, assim como aumento de investimentos em infraestrutura esperados sob o governo de Trump - a ameaça do protecionismo representa um risco de longo prazo.
Outros perigos não desapareceram, com preocupações climáticas subindo para o topo da agenda, considerando que a chegada de Trump à Casa Branca coloca em dúvida o corte de emissões de carbono dos EUA. Eventos climáticos extremos agora são considerados como o maior risco global proeminente.
"Muitos desses riscos foram salientados em relatórios anteriores, mas agora eles subiram de lugar e podem ter maior impacto", disse Cecilia Reyes, chefe de avaliação de risco da Zurich Insurance, uma das autoras do relatório.
A reunião de Davos acontecerá de 17 a 20 de janeiro e reunirá 3.000 participantes, incluindo o presidente Xi Jinping, primeiro chefe de Estado da China a ir ao evento, e a primeira-ministra britânica, Theresa May.