O principal projeto da HRT na Namíbia está a 145 km do poço não-comercial da Chariot-Petrobras-BP, argumentou Marcio Mello, presidente da companhia (Edu Monteiro/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2012 às 16h18.
Rio de Janeiro - A HRT informou que o poço seco da Chariot, Petrobras e BP na Namíbia não afeta seus prospectos para a região.
O principal projeto da HRT na Namíbia está a 145 km do poço não-comercial da Chariot-Petrobras-BP, argumentou Marcio Mello, fundador e presidente da companhia em conferência com investidores nesta segunda-feira.
As ações da HRT chegaram a despencar 19 por cento após o anúncio do poço da Chariot. Mais tarde, após a teleconferência, os papéis da empresa operavam com perdas de 13 por cento, às 14h31 (horário de Brasília).
"A ausência de bons reservatórios em blocos operados pela Chariot não reduz nossas chances", disse Mello. "A presença ou não de reservatórios comerciais lá não tem nada a ver com a gente." Mello também disse que o poço seco da Chariot-Petrobras-BP ajudou a confirmar a sua compreensão de toda a região. Segundo Mello, as estruturas geológicas existentes na região podem indicar óleo sobre uma área muito grande na costa da Namíbia.
A Chariot-Petrobras-BP encontraram rochas que sugerem que, em perspectivas mais profundas, existe uma melhor chance de encontrar petróleo, acrescentou.
Analistas do Credit Suisse liderados por Emerson Leite cortaram a sua recomendação sobre as ações da HRT para "neutro" e reduziram seu preço-alvo para a empresa para 3 reais ante os 8,50 reais por ação anteriores, em uma nota aos investidores nesta segunda-feira.
A HRT tem planos para perfurar quatro poços offshore na Namíbia, disse Mello.
A Chariot perdeu mais de metade do seu valor no início do pregão em Londres depois de dizer a seu prospecto Nimrod, na bacia de Orange, veio seco.
A Chariot detém uma participação de 25 por cento no bloco, a Petrobras 30 por cento e a BP detém 45 por cento.