Voluntários doam comida em barracas na cidade de Nova York (Spencer Platt/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 12 de setembro de 2023 às 14h58.
Última atualização em 12 de setembro de 2023 às 14h59.
A pobreza nos Estados Unidos teve forte alta em 2022, mostram dados do Departamento do Censo. A taxa chamada SPM (Medida de pobreza suplementar) subiu e passou a atingir 12,4% da população, ante 7,8% em 2021, mostram números divulgados nesta terça (12).
A pobreza entre as crianças mais do que dobrou, passando de 5,2% para 12,4%. A situação no país como um todo piorou pela primeira vez desde 2010.
O indicador SPM leva em conta, além da renda, fatores como diferenças regionais do custo de vida, gastos com remédios e pagamento de impostos, e é usada para a aplicação de programas sociais no país.
De modo geral, uma família é considerada pobre nos EUA se vive em uma casa alugada, com quatro pessoas e tem renda menor do que US$ 34.518 por ano. A inflação no país, que aumentou o custo de vida, também elevou a linha de pobreza: em 2021, o valor desse indicador era de US$ 31.453 anuais.
Para o Departamento do Censo, o aumento da pobreza tem duas razões principais: o fim dos auxílios para as famílias pobres que foram adotados durante a pandemia e a alta do custo de vida, que também veio na esteira da crise da Covid. Houve ainda um terceiro fator: a renda média das familias, considerando todas as classes sociais, caiu 2,3% em 2022, para US$ 74.580 anuais.
Ao comentar os dados, a Casa Branca disse que que os números iniciais de 2023 apontam melhora, pois a inflação vem caindo e o nível de renda das famílias está subindo. Ao mesmo tempo, aponta que a pobreza havia caído muito em 2021 por conta de novos programas de auxílio para crianças pequenas, que não foram renovados pelo Congresso.