Mundo

Pobreza extrema no mundo recua graças a Índia e China

Chineses devem reduzir índice para 5% em 4 anos, e indianos, para 22%

Mumbai, na Índia: pobreza extrema afeta que vive com menos de US$ 1,25 ao dia (Uriel Sinai/Getty Images)

Mumbai, na Índia: pobreza extrema afeta que vive com menos de US$ 1,25 ao dia (Uriel Sinai/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2011 às 19h30.

Genebra - A pobreza extrema diminui em bom ritmo no mundo e até o ano 2015 deveria afetar 15% da população mundial - abaixo do objetivo inicial de 23% fixado pela ONU -, graças principalmente à boa evolução das maiores potências emergentes, China e Índia.

No primeiro país, esse indicador será inferior a 5% dentro de quatro anos, enquanto no segundo ficará em 22%, pelas novas previsões reveladas nesta quinta-feira pela ONU.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon tornou públicas as estatísticas ao apresentar nesta quinta-feira em Genebra o relatório anual sobre os avanços dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que destaca que "as previsões para África Subsaariana são ligeiramente mais otimistas do que antes".

O relatório antecipa que, em vista da taxa de crescimento dessa região nos últimos anos e das tendências econômicas, "a taxa de pobreza deveria ficar abaixo de 36%".

Os analistas da ONU não se deixaram desalentar pela crise econômica na Europa e nos Estados Unidos, que provocou a queda dos preços das matérias-primas pela diminuição da demanda.


Apesar do entorno econômico adverso, o relatório afirma que "o crescimento mantém impulso suficiente no mundo em desenvolvimento, o que torna possível alcançar os objetivos à redução da pobreza".

Onze anos depois de a comunidade internacional fixar oito ambiciosas metas sociais - como eliminar a pobreza extrema e a fome, garantir a educação primária universal, reduzir a mortalidade infantil e melhorar a saúde materna -, os avanços são significativos, embora ainda insuficientes em algumas regiões.

"Este relatório mostra que resta um bom caminho a percorrer para garantir os direitos das mulheres e meninas, promover o desenvolvimento sustentável e proteger os mais vulneráveis dos devastadores efeitos das crises, sejam por conflitos, desastres naturais ou a instabilidade nos preços dos alimentos e a energia", disse Ban.

Um dos aspectos que ainda falta avançar, disse o secretário-geral da ONU, é garantir que as mulheres tenham oportunidades iguais que os homens e as meninas com relação aos meninos.

Uma das conclusões do relatório indica que as oportunidades de conseguir um emprego produtivo e de turno integral para as mulheres são reduzidas e que, em consequência, estas se beneficiaram menos da leve recuperação do emprego uma vez passado o pior momento da crise.

Outro dos objetivos em atraso refere-se ao acesso universal à educação primária, pois a taxa de escolarização melhorou só 7% desde 1999 para alcançar 89%, segundo as últimas estatísticas disponíveis em nível mundial.

As crianças das famílias mais pobres, as que vivem em zonas rurais e de conflito e as meninas são as que correm maior risco de ficar de fora dos sistemas escolares.

Se levado em consideração o número total de crianças em idade escolar, mas que não estão escolarizados, 42% vive em áreas de conflito.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaONUPobreza

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru