Planos de saúde: a proposta também provocaria alta dos prêmios que as empresas cobram dos americanos a cada mês (Kevin Lamarque/File Photo/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de julho de 2017 às 21h16.
Washington - Pelo menos 32 milhões de americanos perderão seus planos de saúde ao longo da próxima década se o Senado dos Estados Unidos aprovar uma iniciativa para revogar a atual lei de saúde, conhecida como Obamacare, sem um plano para substituí-la, informou o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO).
Em um relatório divulgado nesta quarta-feira, o CBO estima que quase 17 milhões de pessoas ficariam sem plano de saúde no próximo ano se os republicanos do Senado decidirem revogar a reforma sanitária do ex-presidente Barack Obama sem propor uma alternativa para substituí-la de forma imediata.
A proposta, além disso, provocaria alta dos prêmios que as empresas cobram dos americanos a cada mês. Ou seja, o preço que os pacientes devem pagar para contratar um plano, dependendo da idade e de outros fatores de risco, ficará mais caro.
De acordo com o relatório do CBO, o aumento das taxas cobradas pelas empresas seria de 25% apenas em 2018 e poderia chegar a 50% até 2026.
O estudo publicado hoje era muito esperado já que a CBO avalia, de maneira independente, os efeitos do projeto de lei no país, tanto no nível político como no econômico.
Apesar da quantidade de pessoas que ficará sem plano de saúde, o projeto seria capaz de atender um dos principais objetivos dos republicanos: reduzir o déficit federal em US$ 473 milhões em dez anos.
A nova proposta da liderança republicana no Senado contempla revogar o Obamacare e prevê um prazo de dois anos para que os senadores do partido elaborem um plano alternativo, já que não há acordo até o momento para substituir a atual legislação.
No início, os republicanos queriam derrubar o Obamacare e substituí-lo com um projeto próprio, mas a iniciativa não teve apoio suficiente entre os membros do partido no Senado.