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Plano de Trump será "enterrado", diz primeiro-ministro palestino

Shtayyeh criticou o fato de que a proposta deixaria o futuro estado palestino fragmentado e com "nenhuma soberania"

Em discurso na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, Shtayyeh disse que os planos dos EUA "não passam de um memorando de entendimento entre (o primeiro-ministro de Israel Benjamin) Netanyahu e Trump" (Muhammad Hamed/Reuters)

Em discurso na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, Shtayyeh disse que os planos dos EUA "não passam de um memorando de entendimento entre (o primeiro-ministro de Israel Benjamin) Netanyahu e Trump" (Muhammad Hamed/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de fevereiro de 2020 às 13h00.

O primeiro-ministro da Palestina, Mohammad Shtayyeh, criticou neste domingo a proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para por fim ao conflito no Oriente Médio, dizendo que seus planos serão "enterrados muito em breve".

Em discurso na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, Shtayyeh disse que os planos dos EUA "não passam de um memorando de entendimento entre (o primeiro-ministro de Israel Benjamin) Netanyahu e Trump".

Shtayyeh criticou o fato de que a proposta deixaria o futuro estado palestino fragmentado e com "nenhuma soberania", permitindo a Israel anexar grandes partes da Cisjordânia. Ele instou outros países a rejeitarem a proposta de Trump e reafirmou que os palestinos "estão abertos a negociações sérias".

A autoridade palestina sugeriu ainda que irá aumentar a pressão sobre Israel através de organizações internacionais, citando uma recente divulgação do escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) de uma lista de mais de 100 empresas que supostamente são cúmplices por violar os direitos humanos palestinos, operando em assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada.

Em referência a eleição que se aproxima em Israel, Shtayyeh comparou a diferença entre o líder da oposição israelense Benny Gantz e Netanyahu, que seriam como "Coca-Cola e Pepsi".

Fonte: Associated Press.

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