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Plano de Obama é ter 5.500 militares no Afeganistão em 2017

Presidente dos EUA lembrou seu compromisso de evitar que o Afeganistão se transforme "em um refúgio para os terroristas"


	"As forças afegãs ainda não são tão fortes como deveriam", admitiu Barack Obama
 (Yuri Gripas/Reuters)

"As forças afegãs ainda não são tão fortes como deveriam", admitiu Barack Obama (Yuri Gripas/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2015 às 16h25.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quinta-feira um novo plano para manter 5.500 soldados americanos no Afeganistão além do fim de seu mandato, que termina em janeiro de 2017, para seguir treinando as tropas do país aliado e lutando contra os grupos terroristas.

"As forças afegãs ainda não são tão fortes como deveriam", admitiu Obama durante um pronunciamento na Casa Branca, no qual também afirmou que a situação da segurança no Afeganistão continua sendo "muito frágil".

A proposta de Obama prevê, além disso, manter o atual número de 9.800 soldados presentes no país até o final de 2016, defendendo sua decisão por "não apoiar a ideia de uma guerra sem fim".

Para o presidente, devido ao atual cenário no Afeganistão, esse "ajuste" na retirada das tropas pode contribuir para consolidar o "difícil progresso" realizado pelo país em matéria de segurança.

Além disso, Obama lembrou seu compromisso de evitar que o Afeganistão se transforme "em um refúgio para os terroristas".

O presidente também quis enfatizar que a natureza da missão americana no Afeganistão não mudou. E que as tropas já não em "papel de combate" há algum tempo. Segundo Obama, será necessário continuar avaliando a situação no país e há a possibilidade de mais ajustes.

O chefe das forças americanas no Afeganistão, o general John Campbell, antecipou na última semana que tinha apresentado a Obama várias opções para prolongar a presença das tropas no país.

Além do apoio militar dos EUA, a Otan conta com cerca de 4 mil homens em tarefas de assistência e capacitação no Afeganistão. Eles também não têm autorização para entrar em combate.

O novo plano dos EUA chega em um momento de crescente violência no conflito vivido pelo Afeganistão, depois de os talibãs terem tomado a emblemática cidade de Kunduz, no norte do país.

Os insurgentes ocuparam Kunduz no início de outubro, durante três dias, uma ofensiva que presentou a maior conquista militar do grupo desde a queda do regime em 2001, após a invasão americana no país. No último dia 11, os talibãs anunciaram sua retirada da cidade.

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