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Plano de austeridade francês congela salários de presidente e ministros

O objetivo do novo plano é zerar o déficit público até 2016 e economizar 100 bilhões de euros

O presidente francês Nicolas Sarkozy recebeu um aumento de 170% em 2007 (Sean Gallup/Getty Images)

O presidente francês Nicolas Sarkozy recebeu um aumento de 170% em 2007 (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2011 às 11h48.

Brasília – O governo do presidente da França, Nicolas Sarkozy, anunciou hoje (7) o segundo plano de austeridade fiscal. O objetivo é zerar o déficit público até 2016 e economizar 100 bilhões de euros. As medidas envolvem o congelamento dos salários dos ministros e do presidente, que recebeu um aumento de 170% em 2007. Também houve reajuste de impostos e tarifas, assim como foi elevada a idade para a aposentadoria – de 60 anos para 62.

A informação foi dada pelo primeiro-ministro francês, François Fillon. A poucos meses das eleições presidenciais na França, o governo tenta dar o exemplo em meio às críticas ao novo plano de austeridade.

Fillon disse que os salários do presidente e dos ministros ficarão congelados até o retorno ao equilíbrio estrito das finanças públicas. Não foram fixados data nem prazos. O primeiro-ministro pediu ainda que os dirigentes das empresas privadas também adotem um plano de austeridade para contribuir com o governo.

O primeiro-ministro disse que haverá um esforço complementar de 1,5 bilhão de euros de economia para o orçamento francês de 2012. A área da saúde, que normalmente é resguardada, terá que participar dos cortes e vai perder 700 milhões de euros em seu orçamento do ano que vem.

Como previsto, a aplicação da reforma da aposentadoria será acelerada. O aumento da idade mínima para se aposentar na França com salário integral, de 60 para 62 anos, teve o seu prazo antecipado de 2018 para 2017. A medida permite diminuir em 4,4 bilhões de euros o déficit na Previdência entre 2012 e 2016.

Houve ainda reajuste no valor do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), aplicado em setores da economia como construção civil, restaurantes e trabalho a domicílio. A tarifa passou dos atuais 5,5% para 7%, excluindo produtos de primeira necessidade, como alimentos. O imposto para empresas que apresentam mais de 250 milhões de euros de faturamento anual vai aumentar em 5,5%. Com informações da emissora pública de rádio da França, RFI.

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