Poluição na China: emissões de carbono na economia chinesa devem continuar a crescer até 2030 (ChinaFotoPress/Stringer)
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2014 às 11h55.
Pequim - A China disse nesta terça-feira que estabelecerá um teto para suas emissões de CO2 a partir de 2016, um dia após os Estados Unidos terem anunciado novas metas para seu setor de energia, marcando uma potencial superação de diferenças em duras negociações climáticas na Organização das Nações Unidas (ONU).
O progresso nas negociações climáticas globais foi frequentemente frustrado por uma grande divisão entre países ricos e pobres, liderados pelos Estados Unidos e pela China, respectivamente, sobre quem deveria adotar tomar mais ações para reduzir emissões.
Mas o fato de que os dois maiores emissores de gases de efeito estufa terem feito anúncios sem precedentes sobre o clima num prazo de 24 horas trouxe otimismo entre observadores, que esperar ver o fim de décadas de negociações travadas. As medidas estão sendo divulgadas antes de um encontro global sobre mudanças climáticas na quarta-feira, na Alemanha.
A China, maior emissor do mundo, vai estabelecer um teto para suas emissões de CO2 quando seu próximo plano quinquenal entrar em vigor em 2016, disse He Jiankun, presidente do Comitê Consultivo de Mudanças Climáticas da China, em uma coletiva em Pequim.
As emissões de carbono na economia chinesa, ainda dependente de carvão, devem continuar a crescer até 2030, mas estabelecer um teto absoluto significa que a questão será mais regulamentada.
"O anúncio chinês marca, potencialmente, o ponto mais importante de mudanças na questão climática em uma década no cenário mundial”, disse Michael Grubb, professor de energia internacional e políticas climáticas da Universidade de Londres.