Pretória - A juíza do processo contra Oscar Pistorius declarou nesta quinta-feira o atleta como "inocente" do delito de assassinato, do qual era acusado pela Promotoria por matar a tiros sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp.
No entanto, a juíza acredita que ele tenha disparado sua arma deliberadamente e não por acidente, como assegurou o velocista durante o julgamento dos fatos ocorridos em 14 de fevereiro de 2013 em Pretória, o que deixa aberta a possibilidade de uma condenação por homicídio que só será conhecida ao final da leitura do veredicto.
Segundo a magistrada, Thokozile Masipa, o acusado não podia prever que mataria a pessoa que estava atrás da porta do banheiro quando abriu fogo.
"O acusado não pode ser declarado culpado por assassinato", destacou a juíza, especificando que o fato de que Pistorius disparasse intencionalmente não implica que quisesse matar.
Seu veredicto critica duramente o corredor, a quem qualificou de testemunha "contraditória" e "evasiva", embora isto, como ela mesma especificou, não o torna culpado.
Masipa - que poderia absolver ou condenar por homicídio Pistorius - destacou que várias partes da versão dos fatos do atleta carecem de sentido, embora também tenha desprezado a declaração das testemunhas principais da acusação, ao considerá-las "não confiáveis".
Pistorius confessou ter matado a tiros Steenkamp através da porta do banheiro de sua casa de Pretória.
Em sua defesa, o velocista diz que abriu fogo por acidente e cheio do pânico, ao pensar que Steenkamp era um intruso que tentava roubar sua casa.
O promotor sustentou que Pistorius matou sua namorada intencionalmente após uma suposta discussão.
O acusado tem as duas pernas amputadas desde os 11 meses devido a um problema genético, e corre com próteses de carbono.
O sul-africano se tornou nos Jogos de Londres de 2012 o primeiro atleta com as pernas amputadas a correr em uma Olimpíada com atletas não incapacitados, o que lhe deu fama mundial como exemplo de superação e coragem.
*Atualizada às 08h56 do dia 11/09/2014
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1. Imagem
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1/10 (David Gray/Reuters)
São Paulo - Nesta quinta-feira, a Nike anunciou em comunicado oficial a suspensão do seu contrato de
patrocínio com o atleta olímpico e paralímpico Oscar Pistorius, acusado de matar a namorada a tiros. Patrocinadora do sul-africano desde 2007, a empresa está sendo lembrada novamente de que associar a reputação de sua companhia ao nome de estrelas é um negócio arriscado. Não é que não haja exemplos entre as
marcas - a Nike também era apoiadora de outros nomes envolvidos em escândalos recentes, como Lance Armstrong e Tiger Woods. Confira esses e outros casos de apoio a atletas que acabaram criando ricochetes na
publicidade.
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2. Oscar Pistorius
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2/10 (Siphiwe Sibeko/Reuters)
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3. Lance Armstrong
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3/10 (Spencer Platt/Getty Images)
O (antes) maior ciclista do mundo teve sua imagem de atleta destruída pelo uso do doping no fim do ano passado. O esportista foi banido eternamente e desclassificado de todos seus resultados obtidos desde agosto de 1998 por causa do uso e distribuição de substâncias proibidas. A Nike, a gigante de cervejas AB-Imbev, a Oakley e a Trek, fabricante das bicicletas usadas pelo ciclista, retiraram seus apoios.
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4. Tiger Woods
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Quando a vida pessoal do golfista saiu do controle, Gatorade, AT&T, Accenture e a marca de relógios Tag Heuer cortaram laços com o atleta. No auge da carreira e apontado como um dos melhores golfistas de todos os tempos, Woods foi o protagonista de um escândalo sexual que envolveu numerosas amantes e rendeu desculpas públicas.
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5. Magic Johnson
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Um dos maiores atletas dos anos 90 perdeu o apoio da Pepsi e da Converse logo após o anúncio de que havia contraído o vírus do HIV em 1991. Considerado o maior armador da história da NBA, o jogador de basquete se aposentou logo dapós o diagnóstico e tornou-se um conhecido porta-voz no combate à AIDS até os dias de hoje.
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6. O.J. Simpson
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O ex-jogador de futebol americano foi pivô de um dos julgamentos mais famosos da década de noventa. Em 1994, ele foi acusado do assassinato de sua ex-mulher Nicole Brown e de seu amigo Ronald Goldman. Simpson foi absolvido após um longo julgamento, que recebeu grande destaque na mídia, e custou-lhe o patrocínio da Hertz.
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7. Wayne Rooney
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Depois de ser flagrado traindo sua mulher (grávida na época) com prostitutas, o artilheiro do Manchester United perdeu os patrocínios da Coca-Cola e da Tiger Beer. Foi em 2010. Apenas com a Tiger, estima-se que o apoio rendia ao jogador 300 mil libras anuais.
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8. Kobe Bryant
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O jogador de basquete dos Lakers, nos Estados, foi acusado de assédio sexual em 2003 pela funcionária de um hotel do Colorado. O atleta admitiu ser adúltero, mas não assumiu o crime, que foi retirado mais tarde - mas lhe custou um patrocínio do McDonald’s.
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9. Michael Vick
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O jogador de futebol americano não apenas perdeu o patrocínio da Nike e da Rawling, como também foi preso. O crime: organizar rinhas de cachorros. O caso explodiu em 2007, quando descobriu-se que o atleta do Atlanta Falcons promovia brigas entre pitbulls num ringue.
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10. Ben Johnson
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O ex-velocista canadense era considerado o homem mais rápido do mundo na década de 80. Mas viu todo o brilho da fama se esvair, e perdeu sua medalha de ouro das Olimpíadas de 1988. O motivo? Foi pego no teste de esteróides durante os Jogos Olímpicos daquele ano. O passo seguinte foi perder 2,8 milhões de dólares via contrato com a marca de artigos esportivos Diadora.