Pretória - O atleta paralímpico sul-africano Oscar Pistorius foi condenado nesta terça-feira a uma pena de cinco anos de prisão por matar a tiros, em fevereiro de 2013, a namorada Reeva Steenkamp.
"O acusado é condenado a uma pena máxima de cinco anos de prisão", anunciou a juíza Thokozile Masipa, que em setembro declarou o atleta culpado de homicídio culposo.
O atleta, que vomitou e chorou em várias ocasiões durante o julgamento, permaneceu totalmente imóvel no banco dos réus ao ouvir a sentença.
Ao fim da audiência, o atleta foi levado para a prisão.
A família da vítima se mostrou satisfeita com a sentença.
"Sim, estou muito satisfeito", declarou aos jornalistas Barry Steenkamp, pai de Reeva.
"Acreditam que é o correto, estão satisfeitos com a sentença", afirmou o advogado da família.
Pistorius foi condenado por matar em sua casa de Pretória a namorada, que foi atingida por quatro tiros através da porta do banheiro no qual estava trancada.
O atleta alegou durante todo o processo, que demorou sete meses, que acreditava que um ladrão estava no banheiro.
Pouco antes de pronunciar a sentença, a juíza afirmou que uma condenação a trabalhos de serviços comunitários, como desejava a defesa, "não seria apropriada".
Masipa recordou a gravidade dos fatos atribuídos para justificar a decisão: "(Pistorius) sabia que o banheiro era um espaço reduzido e que não havia forma de escapar para a pessoa que estava atrás da porta".
"Uma condenação não carcerária enviaria uma mensagem equivocada à sociedade, mas, por outro lado, uma condenação de longa duração tampouco seria apropriada", argumentou a juíza.
A magistrada rejeitou os argumentos da defesa sobre a fragilidade do acusado e a impossibilidade de prender um homem com as pernas amputadas.
"Me senti incômoda ao observar as testemunhas que insistiam na fragilidade do acusado (...) que também tem excelentes capacidades de adaptação", declarou.
As prisões sul-africanas estão capacitadas para receber Pistorius, um deficiente que "precisa de cuidados psicológicos", declarou a juíza.
Mas ela aceitou, no entanto, os argumentos da promotoria que havia alertado para a reação da sociedade no caso de uma condenação muito leve.
"Seria um dia triste para o país se apresentássemos a impressão que existe uma justiça para os pobres e deserdados e outra para os ricos e famosos", disse Masipa.
A juíza considerou como circunstância atenuante o comportamento do acusado logo depois da tragédia, já que Pistorius tentou claramente reanimar a vítima e se mostrou abatido depois de matar Reeva Steenkamp.
A magistrada também recordou que o atleta tentou pedir desculpas de maneira privada à família Steenkamp, mas não foi autorizado.
A promotoria sul-africana anunciou depois do julgamento que não sabe se vai recorrer ou não do veredicto de homicídio culposo.
"Temos 14 dias para analisar a lei e queremos ter certeza de que os fatos e o direito nos permitem recorrer", afirmou o porta-voz do Ministério Público nacional, Nathi Mncube.
Uma das advogadas de Pistorius, Roxanne Adams, afirmou que o atleta pode passar 10 meses na penitenciária, antes de ser colocado em prisão domiciliar.
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1. Imagem
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1/10 (David Gray/Reuters)
São Paulo - Nesta quinta-feira, a Nike anunciou em comunicado oficial a suspensão do seu contrato de
patrocínio com o atleta olímpico e paralímpico Oscar Pistorius, acusado de matar a namorada a tiros. Patrocinadora do sul-africano desde 2007, a empresa está sendo lembrada novamente de que associar a reputação de sua companhia ao nome de estrelas é um negócio arriscado. Não é que não haja exemplos entre as
marcas - a Nike também era apoiadora de outros nomes envolvidos em escândalos recentes, como Lance Armstrong e Tiger Woods. Confira esses e outros casos de apoio a atletas que acabaram criando ricochetes na
publicidade.
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2. Oscar Pistorius
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2/10 (Siphiwe Sibeko/Reuters)
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3. Lance Armstrong
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3/10 (Spencer Platt/Getty Images)
O (antes) maior ciclista do mundo teve sua imagem de atleta destruída pelo uso do doping no fim do ano passado. O esportista foi banido eternamente e desclassificado de todos seus resultados obtidos desde agosto de 1998 por causa do uso e distribuição de substâncias proibidas. A Nike, a gigante de cervejas AB-Imbev, a Oakley e a Trek, fabricante das bicicletas usadas pelo ciclista, retiraram seus apoios.
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4. Tiger Woods
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4/10 (Getty Images)
Quando a vida pessoal do golfista saiu do controle, Gatorade, AT&T, Accenture e a marca de relógios Tag Heuer cortaram laços com o atleta. No auge da carreira e apontado como um dos melhores golfistas de todos os tempos, Woods foi o protagonista de um escândalo sexual que envolveu numerosas amantes e rendeu desculpas públicas.
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5. Magic Johnson
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5/10 (Getty Images)
Um dos maiores atletas dos anos 90 perdeu o apoio da Pepsi e da Converse logo após o anúncio de que havia contraído o vírus do HIV em 1991. Considerado o maior armador da história da NBA, o jogador de basquete se aposentou logo dapós o diagnóstico e tornou-se um conhecido porta-voz no combate à AIDS até os dias de hoje.
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6. O.J. Simpson
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6/10 (Getty Images)
O ex-jogador de futebol americano foi pivô de um dos julgamentos mais famosos da década de noventa. Em 1994, ele foi acusado do assassinato de sua ex-mulher Nicole Brown e de seu amigo Ronald Goldman. Simpson foi absolvido após um longo julgamento, que recebeu grande destaque na mídia, e custou-lhe o patrocínio da Hertz.
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7. Wayne Rooney
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Depois de ser flagrado traindo sua mulher (grávida na época) com prostitutas, o artilheiro do Manchester United perdeu os patrocínios da Coca-Cola e da Tiger Beer. Foi em 2010. Apenas com a Tiger, estima-se que o apoio rendia ao jogador 300 mil libras anuais.
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8. Kobe Bryant
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8/10 (Getty Images)
O jogador de basquete dos Lakers, nos Estados, foi acusado de assédio sexual em 2003 pela funcionária de um hotel do Colorado. O atleta admitiu ser adúltero, mas não assumiu o crime, que foi retirado mais tarde - mas lhe custou um patrocínio do McDonald’s.
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9. Michael Vick
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O jogador de futebol americano não apenas perdeu o patrocínio da Nike e da Rawling, como também foi preso. O crime: organizar rinhas de cachorros. O caso explodiu em 2007, quando descobriu-se que o atleta do Atlanta Falcons promovia brigas entre pitbulls num ringue.
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10. Ben Johnson
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O ex-velocista canadense era considerado o homem mais rápido do mundo na década de 80. Mas viu todo o brilho da fama se esvair, e perdeu sua medalha de ouro das Olimpíadas de 1988. O motivo? Foi pego no teste de esteróides durante os Jogos Olímpicos daquele ano. O passo seguinte foi perder 2,8 milhões de dólares via contrato com a marca de artigos esportivos Diadora.