Oscar Pistorius: Joel Maringa disse que Pistorius era uma pessoa “cooperativa" (Gianluigi Guercia/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de outubro de 2014 às 10h33.
Pretória - O atleta sul-africano Oscar Pistorius deve cumprir três anos de prisão domiciliar parcial e prestar serviço comunitário pela morte de sua namorada, disse um assistente social nesta segunda-feira, no primeiro dia do processo de sentenciamento do corredor.
A ex-estrela olímpica e paralímpica de 27 anos, que teve a parte inferior das pernas amputadas quando criança, foi condenado por homicídio culposo no mês passado após atirar e matar a modelo e bacharel em direito Reeva Steenkamp, de 29 anos, em 2013.
O caso chocou os sul-africanos e chamou a atenção de milhões de pessoas no mundo, estarrecidas pelo incidente envolvendo um jovem admirado como uma inspiração para pessoas com deficiência e símbolo de triunfo contra a adversidade.
Argumentando contra uma sentença de prisão, o funcionário de serviços sociais corretivos Joel Maringa disse que Pistorius era uma pessoa “cooperativa" que deveria ser sentenciada a “correção supervisionada”, o que significa que o atleta teria que passar uma parte de seu dia em casa. Maringa também disse que Pistorius deveria realizar serviço comunitário, como varrer as ruas dos museus de Pretória.
O promotor Gerrie Nel, que busca uma longa sentença de prisão, descreveu as recomendações do funcionário como “estarrecedoramente impróprias”.
A juíza Thokozile Masipa suspendeu a audiência depois que Nel pediu mais tempo para analisar os documentos antes de chamar ao menos duas últimas testemunhas do Estado, na terça-feira. O anúncio da sentença deve ser feito até o fim da semana.