Pretória - Uma assistente social ligada à defesa de Oscar Pistorius afirmou nesta terça-feira que o atleta, declarado culpado de homicídio culposo - quando não há a intenção de matar - por assassinar a tiros a namorada, ajudou financeiramente a família da vítima após o crime.
Os parentes da modelo Reeva Steenkamp, presentes no tribunal, negaram com gestos as palavras de Anette Vergeer, que afirmou que Pistorius ofereceu dinheiro mensalmente à família, que segundo a imprensa local passa por problemas econômicos.
Esse foi o segundo dia de audiência oral sobre a sentença de Pistorius no Tribunal Superior de Pretória, onde a juíza Thokozile Masipa decidirá a pena do atleta após escutar os argumentos da defesa e da Promotoria.
A assistente social sugeriu que Pistorius não fosse encaminhado a um presídio, mas que seja condenado à prisão domiciliar sob supervisão das autoridades penitenciárias, além da realização de trabalhos comunitários.
Vergeer justificou a proposta perante a falta de infraestrutura nas prisões sul-africanas para portadores de deficiência física como Pistorius, que tem as duas pernas amputadas desde os onze meses de idade devido a um problema genético.
Também mencionou como motivos a "vulnerabilidade", o "estresse" e a "ansiedade" do corredor, assim como a superlotação das prisões do país que, segundo sua opinião, não serviriam ao propósito de "reabilitar" o condenado, apenas "deteriorariam" o estado de "um homem destruído".
Sentados em um dos bancos do tribunal, os parentes de Reeva Steenkamp choraram ao ouvir a declaração de Vergeer, a último testemunha da defesa a argumentar sobre a sentença.
Segunda-feira testemunharam outro assistente social - que também recomendou a prisão domiciliar para Pistorius - e o agente do atleta, Peet van Zyl, que citou a longa lista de projetos sociais que o atleta durante a carreira.
Oscar Pistorius matou Steenkamp a tiros através da porta do banheiro na madrugada do dia 14 de fevereiro de 2013. A juíza aceitou a versão do atleta, que afirmou ter disparado ao confundir a namorada com um intruso, e considerou que o acusado não podia prever a morte da pessoa, que se encontrava no vaso sanitário.
A decisão evitou que Pistorius fosse condenado por homicídio doloso, mas a juíza sentenciou que o velocista atuou com negligência ao disparar contra a ameaça percebida.
As possíveis penas para o atleta pelo crime vão desde uma sentença suspensa, o que o deixaria em liberdade, a uma condenação máxima de 15 anos de prisão.
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1. Imagem
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1/10 (David Gray/Reuters)
São Paulo - Nesta quinta-feira, a Nike anunciou em comunicado oficial a suspensão do seu contrato de
patrocínio com o atleta olímpico e paralímpico Oscar Pistorius, acusado de matar a namorada a tiros. Patrocinadora do sul-africano desde 2007, a empresa está sendo lembrada novamente de que associar a reputação de sua companhia ao nome de estrelas é um negócio arriscado. Não é que não haja exemplos entre as
marcas - a Nike também era apoiadora de outros nomes envolvidos em escândalos recentes, como Lance Armstrong e Tiger Woods. Confira esses e outros casos de apoio a atletas que acabaram criando ricochetes na
publicidade.
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2. Oscar Pistorius
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2/10 (Siphiwe Sibeko/Reuters)
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3. Lance Armstrong
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3/10 (Spencer Platt/Getty Images)
O (antes) maior ciclista do mundo teve sua imagem de atleta destruída pelo uso do doping no fim do ano passado. O esportista foi banido eternamente e desclassificado de todos seus resultados obtidos desde agosto de 1998 por causa do uso e distribuição de substâncias proibidas. A Nike, a gigante de cervejas AB-Imbev, a Oakley e a Trek, fabricante das bicicletas usadas pelo ciclista, retiraram seus apoios.
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4. Tiger Woods
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Quando a vida pessoal do golfista saiu do controle, Gatorade, AT&T, Accenture e a marca de relógios Tag Heuer cortaram laços com o atleta. No auge da carreira e apontado como um dos melhores golfistas de todos os tempos, Woods foi o protagonista de um escândalo sexual que envolveu numerosas amantes e rendeu desculpas públicas.
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5. Magic Johnson
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5/10 (Getty Images)
Um dos maiores atletas dos anos 90 perdeu o apoio da Pepsi e da Converse logo após o anúncio de que havia contraído o vírus do HIV em 1991. Considerado o maior armador da história da NBA, o jogador de basquete se aposentou logo dapós o diagnóstico e tornou-se um conhecido porta-voz no combate à AIDS até os dias de hoje.
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6. O.J. Simpson
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6/10 (Getty Images)
O ex-jogador de futebol americano foi pivô de um dos julgamentos mais famosos da década de noventa. Em 1994, ele foi acusado do assassinato de sua ex-mulher Nicole Brown e de seu amigo Ronald Goldman. Simpson foi absolvido após um longo julgamento, que recebeu grande destaque na mídia, e custou-lhe o patrocínio da Hertz.
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7. Wayne Rooney
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Depois de ser flagrado traindo sua mulher (grávida na época) com prostitutas, o artilheiro do Manchester United perdeu os patrocínios da Coca-Cola e da Tiger Beer. Foi em 2010. Apenas com a Tiger, estima-se que o apoio rendia ao jogador 300 mil libras anuais.
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8. Kobe Bryant
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8/10 (Getty Images)
O jogador de basquete dos Lakers, nos Estados, foi acusado de assédio sexual em 2003 pela funcionária de um hotel do Colorado. O atleta admitiu ser adúltero, mas não assumiu o crime, que foi retirado mais tarde - mas lhe custou um patrocínio do McDonald’s.
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9. Michael Vick
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O jogador de futebol americano não apenas perdeu o patrocínio da Nike e da Rawling, como também foi preso. O crime: organizar rinhas de cachorros. O caso explodiu em 2007, quando descobriu-se que o atleta do Atlanta Falcons promovia brigas entre pitbulls num ringue.
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10. Ben Johnson
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O ex-velocista canadense era considerado o homem mais rápido do mundo na década de 80. Mas viu todo o brilho da fama se esvair, e perdeu sua medalha de ouro das Olimpíadas de 1988. O motivo? Foi pego no teste de esteróides durante os Jogos Olímpicos daquele ano. O passo seguinte foi perder 2,8 milhões de dólares via contrato com a marca de artigos esportivos Diadora.