Chile: essa é a primeira vez na história do país que as primárias são regulamentadas pela lei (Rodrigo Garrido/Reuters)
EFE
Publicado em 3 de julho de 2017 às 08h46.
Santiago do Chile - O ex-presidente Sebastián Piñera e a jornalista Beatriz Sánchez venceram as eleições primárias realizadas neste domingo no Chile para escolher os candidatos à presidência da coalizão direitista Chile Vamos e da aliança esquerdista Frente Ampla.
De acordo com os resultados divulgados pelo Serviço Eleitoral do Chile (Servel), com 11,44% das urnas apuradas, Piñera obteve 59,48% dos votos, com grande vantagem para o senador independente Manuel José Ossandón e será o candidato da coalizão Chile Vamos.
Já na Frente Ampla, Sánchez registra 69,6% dos votos contra apenas 30,3% do sociólogo Alberto Mayol.
A coalizão governista Nova Maioria, que reúne partidos de centro e de esquerda, não participou das primárias, já que apresentará duas candidaturas presidenciais. A senadora Carolina Goic será a representante da Democracia Cristã. Já o jornalista e senador Alejandro Guillier é apoiado pelos demais partidos da aliança.
Essa é a primeira vez na história do país que as primárias são regulamentadas pela lei. Além disso, também pela primeira vez, chilenos que moram fora do país puderam votar no pleito.
Alguns partidos da Frente Ampla, como a Revolução Democrática e a Frente Autonomista, denunciaram irregularidades. Segundo eles, em algumas seções de votação só havia cédulas para escolher os candidatos da Chile Vamos.
O presidente da Revolução Democrática, Rodrigo Echecopar, disse que também não havia as cédulas para que os eleitores decidissem sobre os candidatos da Frente Ampla para as eleições legislativas.
A Frente Ampla tinha aproveitado as primárias para decidir também quais serão seus candidatos à Câmara dos Deputados e ao Senado.