Acidente: a situação, obtida em uma gravação, corrobora com a informação de que havia calor, fogo e fumaça num banheiro e na região destinada à equipe de voo (Christian Hartmann / Reuters)
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2016 às 15h57.
Cairo - Os pilotos do avião da EgyptAir que caiu no Mar Mediterrâneo em maio, durante voo de Paris a Cairo, tentaram apagar um incêndio na aeronave antes da queda, concluíram investigadores após analisar o dispositivo de gravação de voz.
As gravações corroboram informações previamente coletadas dos destroços do avião, que indicavam calor, fogo e fumaça num banheiro e na região destinada à equipe de voo, afirmaram investigadores, que preferiram não se identificar, já que um posicionamento oficial ainda será divulgado.
O acidente matou todas as 66 pessoas a bordo. Não houve nenhum relato de problemas por parte dos pilotos, assim como nenhum grupo terrorista reivindicou a autoria dos ataques, elevando as dúvidas sobre a causa do incêndio e da queda.
Nenhuma hipótese foi afastada, disseram os investigadores, nem mesmo terrorismo, especialmente pela baixa probabilidade de um incêndio tão devastador comprometer o voo tão rapidamente.
A aeronave da EgyptAir sumiu dos radares dos controladores por volta de 2h45 da manhã no horário egípcio no dia 19 de maio, entre a ilha grega de Creta e a costa egípcia.
Dados mostram que o voo seguia em velocidade normal antes de fazer uma curva de 90 graus à esquerda e então completar 360 graus à direita, caindo de 38 mil pés para 15 mil pés, até sumir na altitude de 10 mil pés.
Equipes de mergulho ainda recuperam os restos mortais das vítimas no mar. Autoridades francesas abriram um inquérito para apurar o caso, mas não encontraram evidências de terrorismo até o momento. Fonte: Associated Press.