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PF envia à Justiça inquérito do caso Erenice Guerra

Na segunda fase, que começa quando o inquérito retornar, a PF deverá fazer os indiciamentos, a começar por Israel e Saulo Guerra

A ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra (Elza Fiúza/AGÊNCIA BRASIL)

A ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra (Elza Fiúza/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2010 às 22h12.

Com pedido de mais prazo para concluir o trabalho, a Polícia Federal (PF) enviou hoje à Justiça Federal os autos do inquérito que investiga um suposto esquema de tráfico de influência no governo atribuído a familiares da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, que foi braço direito da presidente eleita, Dilma Rousseff. 

Na segunda fase, que começa quando o inquérito retornar, a PF deverá fazer os indiciamentos, a começar por Israel e Saulo Guerra, filhos da ex-ministra, acusados de usar empresas de fachada para cobrar propina de empresários que tinham contratos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), os Correios e outras empresas públicas.

Mas os indiciamentos só serão definidos depois que for concluída a análise dos documentos apreendidos na primeira fase e dos computadores usados por Erenice e assessores da Casa Civil acusados de envolvimento no esquema. Entre eles estão o sócio de Saulo e Israel nos negócios, Vinicius Castro e Stevan Knezevic, além de Gabriel Laender, indicado pelo marido de Erenice para trabalhar na Casa Civil. Os três também deixaram o órgão após a divulgação das denúncias.

Ontem, portaria da Presidência da República publicada no Diário Oficial da União adiou por 20 dias a conclusão dos trabalhos da comissão instaurada pelo governo para investigar o suposto envolvimento da ex-ministra no esquema. Erenice pediu demissão do cargo em 16 de setembro. O escândalo é apontado como o principal fator que impediu a vitória de Dilma no primeiro turno. Na primeira fase foram ouvidas 20 pessoas, entre elas Erenice, os filhos e os assessores, além de dirigentes das estatais citadas.

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