Rio - A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou hoje que a companhia irá começar em 2011 a renegociar com as distribuidoras os contratos de fornecimento de gás, que vencem em 2012. Segundo ela, a tendência é os novos contratos caminharem na direção de uma maior flexibilização, diante do atual cenário de preços mais baixos. A ideia é adotar um modelo que ofereça um volume menor de venda garantida e uma parcela variável adicional a ser comercializada.

"Certamente, os contratos agora não serão 100% firmes e inflexíveis, porque isso obriga um custo que não há necessidade de pagar", explicou. "Por que você vai querer um contrato firme de cinco ou dez anos? Ele paga um preço de gás mais alto, porque o preço de gás de longo prazo você precisa considerar vários riscos. Cada risco que eu considero é preço mais alto", disse.

O cenário para os próximos anos, segundo a diretora, aponta para a entrada de novos projetos de geração de energia hídrica e também para um menor despacho de gás para as térmicas, que sinalizam operar a 30% de sua capacidade a partir de 2013.

Segundo ela, o próprio cliente não vai querer ficar engessado em contratos de garantia firme em um cenário de preço de gás baixo até 2020. A diretora ressaltou que a companhia criou, há três meses, uma área específica para cuidar de contratos de fornecimento de energia de curto prazo, para trabalhar uma maior flexibilização dos contratos.