Petrobras, Total e BP estão entre as que concentrarão os investimentos nas áreas licitadas ontem pela Agência Nacional do Petróleo (EXAME/Arquivo)
Da Redação
Publicado em 15 de maio de 2013 às 19h15.
Rio de Janeiro - A Petrobras, mais uma vez, liderou a disputa por áreas licitadas pela ANP. De acordo com levantamento do Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a estatal arrematou 34 blocos, 12 deles como operadora - sete atuando sozinha.
No total, a empresa deverá desembolsar, ainda de acordo com cálculos feitos a partir das planilhas disponibilizadas pela ANP, R$ 534 milhões em bônus de assinatura. A ANP ainda não divulgou o balanço oficial e a Petrobras também não informou o seu.
Petrobras, Total e BP estão entre as que concentrarão os investimentos nas áreas licitadas ontem pela Agência Nacional do Petróleo. Em relatório, o Credit Suisse disse que os 34 blocos arrematados pela Petrobras mostraram mais apetite da empresa do que o esperado pelo mercado, embora boa parte deles tenha sido feita em parceria.
Multinacionais de peso, como Repsol, Shell e Conoco estão entre as que nada levaram. Fizeram lances por poucos blocos (7, 6 e 2 blocos, respectivamente), mas não ganharam.
A brasileira HRT nem tentou. Barra Energia tampouco, mas informou que seu foco será no leilão do pré-sal em novembro. Petra Energia, com foco em blocos menores em terra, foi a segunda a arrematar o maior número de áreas, 27.
A BP levou oito blocos em águas profundas. A empresa está no consórcio responsável pela maior oferta do leilão, R$ 345,9 milhões pelo bloco em mar do Foz do Amazonas número 57 que compartilhará com a operadora Total (40%) e Petrobras (30%). Também participa do consórcio, de mesma composição, que pagou R$ 214,4 milhões pelo bloco 88 da mesma bacia.
A OGX levou sete blocos na margem equatorial. Fez lances por 33 blocos e acabou investiu R$ 376 milhões por sua participação em 13 blocos. Em dez deles, estará sozinha, sem parceiros.
É bem menos dos R$ 1,4 bilhão investidos pela OGX em 21 blocos na 9ª Rodada, em 2007, quando a petroleira de Eike Batista despontou no mercado. Apenas em um deles, na Bacia de Santos, a OGX ofertou R$ 344 milhões. Acabou não encontrando petróleo e tendo que devolver a área à União.
Desta vez, o maior lance que teve sucesso foi de R$ 80 milhões, para um bloco em Barreirinhas. A participação da petroleira, embora menos agressiva, surpreendeu, pois a companhia enfrenta restrições de caixa e produção abaixo do esperado.
A OGX comprou sete blocos em águas profundas e dois em águas rasas localizados na Margem Equatorial, além de 4 blocos terrestres situados na Bacia do Parnaíba. Em dois deles, terá parceria com a ExxonMobil, que será operadora.