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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.
Rio de Janeiro - Após a tragédia ambiental ocasionada pelo vazamento de um poço de petróleo da BP no Golfo do México, a Petrobras fez uma revisão dos seus procedimentos e anunciou que eles são seguros.
"Revisamos todos nossos procedimentos, analisamos os instrumentos que temos e consideramos que eles e o cumprimento rigoroso dos mesmos podem evitar acidentes desse tipo", afirmou hoje o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, em entrevista coletiva no Rio de Janeiro.
"Temos confiança de que o que fazemos é o mais seguro", acrescentou.
A Petrobras, considerada uma das empresas petrolíferas com a tecnologia mais avançada para explorar em grandes profundidades marinhas, extrai cerca de 90% dos 2,5 milhões de barris diários de petróleo que produz de áreas no oceano Atlântico em frente ao litoral brasileiro.
A companhia anunciou hoje um novo Plano de Negócios que prevê investimentos de US$ 224 bilhões entre este ano e 2014. Embora os recursos superem em 20% as previsões do ano anterior, os valores destinados à segurança, meio ambiente e saúde foram mantidos em US$ 3,3 bilhões.
Gabrielli disse que os recursos para estas atividades não aumentaram porque a Petrobras considera que seus procedimentos de segurança e prevenção de acidentes são adequados.
"Esse acidente (do Golfo do México) é trágico. É lamentável. Tem que ser investigado de forma detalhada para que a indústria aprenda com ele", afirmou Gabrielli.
O executivo acrescentou que os acidentes podem ser evitados com a adoção das medidas preventivas necessárias, mas admitiu que, no caso de acontecerem, a capacidade de ação de uma petrolífera para frear a tragédia é muito reduzida.
"Um acidente com essas proporções é um problema com dimensões mais graves das que podemos responder", afirmou.
Os dirigentes da Petrobras esclareceram que, ao contrário de algumas informações divulgadas sobre o acidente da BP, a profundidade da jazida explorada não tem qualquer relação com o acidente.
Gabrielli assegurou que a Petrobras está colaborando com a empresa britânica na contenção do vazamento e nos esforços para recolher o petróleo.
Segundo o presidente da Petrobras, ainda é prematuro dizer quais serão os impactos do acidente nos custos de seguro para estas atividades e nos custos de produção em águas profundas.
Disse igualmente que também é prematuro dizer se a Petrobras poderá se beneficiar da possibilidade de usar algumas das sondas de perfuração que ficaram ociosas no Golfo do México perante a moratória declarada pelos Estados Unidos para essas atividades.