O deputado Cândido Vaccarezza já demonstrou insatisfação com a estratégia do partido (Marcello Casal Jr/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 4 de fevereiro de 2011 às 07h26.
São Paulo - Na tentativa de brecar a abertura de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) incômodas ao governo, setores do PT estão estimulando a formação de CPIs de assuntos com potencial político baixo. A estratégia é preencher a cota de funcionamento de cinco comissões simultâneas na Câmara, como permite o regimento. Ao mesmo tempo, parlamentares em busca de holofotes estão recolhendo as 171 assinaturas necessárias para a instalação de uma CPI.
Até ontem à noite, nenhum pedido havia sido protocolado na Câmara, mas o deputado de primeiro mandato Weliton Prado (PT-MG) disse que já tinha o número regimental para uma CPI que busca investigar desvio de dinheiro do DPVAT, o seguro de danos pessoais obrigatório pago em caso de acidentes de trânsito. Antes de formalizar o pedido de CPI, o deputado pretendia conversar com o seu partido.
O deputado Tiririca (PR-SP) foi um dos primeiros a assinar o pedido de CPI do colega mineiro. O parlamentar mais votado do País precisou comprovar na Justiça que sabia escrever para poder assumir uma cadeira na Câmara, em processo movido pelo Ministério Público.
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), demonstrou que não está satisfeito com a estratégia de abarrotar a lista de CPIs defendida por parte dos petistas. Na próxima terça-feira, ele vai pedir aos líderes aliados que parem com essa corrida em busca de assinaturas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.