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Pesquisas podem mudar estratégia de Serra, diz analista

São Paulo - O resultado da pesquisa Datafolha divulgada hoje sobre intenção de voto para a Presidência da República, que aponta empate entre Dilma Rousseff (PT) e o tucano José Serra, pode interferir na estratégia adotada pelo PSDB na disputa. A avaliação é do cientista político e pesquisador da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e da […]

A pesquisa pode interferir na definição de quem será o vice de Serra, e a probabilidade de o PSDB radicalizar o discurso também é muito grande" (.)

A pesquisa pode interferir na definição de quem será o vice de Serra, e a probabilidade de o PSDB radicalizar o discurso também é muito grande" (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

São Paulo - O resultado da pesquisa Datafolha divulgada hoje sobre intenção de voto para a Presidência da República, que aponta empate entre Dilma Rousseff (PT) e o tucano José Serra, pode interferir na estratégia adotada pelo PSDB na disputa. A avaliação é do cientista político e pesquisador da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), Marco Antônio Carvalho Teixeira.

"A pesquisa pode interferir na definição de quem será o vice de Serra, e a probabilidade de o PSDB radicalizar o discurso também é muito grande", diz ele, ressaltando que voltou à tona a discussão sobre uma chapa puro-sangue com o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves.

Dilma e Serra aparecem com 37% das intenções de voto cada, ante os 30% e 42%, respectivamente, da sondagem realizada pelo Datafolha em meados de abril. Marina Silva (PV) se manteve estável com 12%. Os números foram publicados na edição de hoje do jornal Folha de S.Paulo.

"A pesquisa confirma tendência apontada pelos outros dois institutos (CNT/Sensus e Vox Populi), cujos resultados foram um pouquinho mais favoráveis para Dilma, apesar de configurarem empate técnico. O momento é mais favorável para Dilma", afirma Teixeira. Para ele, a escolha pelo PSDB do vice de Serra deverá levar em conta a capacidade de agregação do candidato e não somente o tempo de exposição na televisão com que o vice poderá contribuir. "Minas Gerais tem um colégio eleitoral muito grande, e Aécio tem presença nacional", afirma.

Segundo ele, se o PSDB optar por mudar sua estratégia, a postura dos tucanos poderá ser "híbrida". Serra, diz, não se apresentaria como oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja popularidade está em níveis recordes, mas outras vozes do PSDB, como a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), teriam posturas mais radicais em relação a Lula. "Serra tem se apresentado não como oposição, mas como diferente, de continuidade, mas que vai fazer melhor."

    <hr>                                  <p class="pagina"><strong>Transferência de votos</strong><br> <br> Teixeira destaca a migração de votos que tem havido de Lula para Dilma.  Na pesquisa espontânea do Datafolha, a petista tem 19% das intenções de  votos e o presidente (que não pode se candidatar), 5%. Na primeira  sondagem do instituto, Dilma aparecia com 8% enquanto o Lula tinha 20%.  "Lula perdeu 15 pontos porcentuais, enquanto Dilma ganhou 11", compara.<br> <br> O pesquisador destacou ainda que, conforme a sondagem, a rejeição de  Serra supera a de Dilma, e a petista venceria no segundo turno das  eleições. De acordo com a sondagem Datafolha, o índice de rejeição de  Serra é de 27%, enquanto o da adversária é de 20%. O resultado apontado  para o segundo turno, com resposta estimulada, foi de 46% para Dilma e  45% para Serra. Segundo Teixeira, há probabilidade de o vencedor ser  definido no primeiro turno, "à medida que não há um terceiro candidato  forte".</p>

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