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Pesquisas após decretos de Trump mostram polarização nos EUA

No levantamento, 59% dos americanos concordam com a construção do muro no México e com os decretos anti-imigração, enquanto 41% rejeitam

Trump: quando a pesquisa divide os entrevistados por partido, a polarização é ainda mais nítida (Jonathan Ernst/Reuters)

Trump: quando a pesquisa divide os entrevistados por partido, a polarização é ainda mais nítida (Jonathan Ernst/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 15h27.

Sondagens de opinião pública divulgadas nos Estados Unidos após o decreto do presidente Donald Trump que proíbe a entrada no país de viajantes vindos de países de maioria muçulmana e do anúncio da construção de um muro na fronteira com o México mostram resultados divergentes e uma polarização no país.

A mais recente pesquisa da Reuters/Ipos revela que menos de um terço da população acredita que estará mais segura com as duas medidas.

Cerca de 31% dos entrevistados disseram as iniciativas vão trazer um sentimento de maior segurança, enquanto 26% acreditam que estarão mais propensas a ataques de grupos terroristas e 33% afirmaram não ter uma opinião formada sobre o assunto.

A mesma sondagem revelou que 59% dos norte-americanos concordam com a decisão de Trump, mas 41% discordaram.

Quando a pesquisa divide os entrevistados por partido, a polarização é ainda mais nítida com 51% dos republicanos totalmente de acordo com o veto aos refugiados e somente um terço dos democratas favorável à proibição.

Já uma sondagem da Quinnipiac University mostrou que 48% dos norte-americanos aprovam a suspensão da imigração de regiões "propensas ao terrorismo", enquanto 42% reprovam a medida.

A mesma universidade realizou uma sondagem em 2015 que constatou que a abertura do país a refugiados sírios, realizada pelo então presidente Barack Obama, desagradou 51% da população.

No ano passado, a Quinnipiac também indicou vitória de Donald Trump na corrida presidencial, quando a maioria das pesquisas apontava para êxito da candidata democrata Hillary Clinton.

Disputa midiática

Duas semanas depois da posse, as empresas de comunicação também disputam os telespectadores que se definem por afinidade política.

A republicana Fox News, embora noticie, por exemplo, detalhadamente quais são as empresas que se posicionaram contra as medidas imigratórias, traz colunas e artigos com perfil mais favorável à política de Trump.

Por outro lado, a rede CNN, reconhecidamente democrata, dá ampla cobertura aos protestos e destaque aos centros urbanos pro-democratas, como a Califórnia, Ilinois, a capital Washington DC e Nova York.

Nas redes sociais, sites e páginas independentes também publicam e destacam a visão com a qual mais se identificam.

Visões favoráveis e contrárias ao novo presidente ocupam espaços nas redes sociais e disputam likes e comentários, em mais um cenário que reflete a polarização do atual momento.

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