Aeroporto de Boston: detenções não pareceram ter relação com o decreto de Donald Trump que impede a entrada de viajantes de seis países de maioria muçulmana (Brian Snyder/Reuters)
Reuters
Publicado em 12 de julho de 2017 às 10h02.
Boston - Um pesquisador iraniano com trabalhos sobre câncer que seguia para um importante hospital de Boston para trabalhar como bolsista foi enviado de volta para seu país nesta terça-feira, um dia depois de autoridades de imigração dos Estados Unidos o deterem e à sua família, disse a mídia.
Mohsen Dehnavi, sua esposa e seus três filhos foram colocados em um voo de volta depois de serem detidos no final da segunda-feira no Aeroporto Internacional Logan, noticiou o jornal Boston Globe citando Stephanie Malin, uma porta-voz da Alfândega e da Patrulha de Fronteira dos EUA.
As detenções não pareceram ter relação com o decreto do presidente dos EUA, Donald Trump, que impede temporariamente a entrada de viajantes de seis países de maioria muçulmana, de acordo com o Hospital Infantil de Boston e especialistas em leis de imigração, que disseram que Dehnavi tinha um visto de entrada válido.
"Com base no que sabemos, não tem relação com a proibição de viagem. Provavelmente é algo muito mais idiota do que isso", disse Susan Church, presidente da filial da Associação Americana de Advogados de Imigração da Nova Inglaterra.
"As regras dizem que, se você tem um visto de entrada válido, tem que ser aceito", explicou ela à Reuters.
Uma porta-voz da Agência de Imigração e de Cumprimento da Lei dos EUA não respondeu de imediato a telefonemas e emails pedindo comentários.
Duas semanas atrás, a Suprema Corte norte-americana manteve uma versão revisada da proibição de Trump a viajantes de Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen, embora tenha excluído visitantes com laços familiares "legítimos". O decreto presidencial não se aplica a viajantes com vistos válidos.