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Pesquisa aponta queda em vantagem de premiê britânica

A menos de uma semana da eleição, os conservadores, de May, só têm vantagem de cinco pontos percentuais diante do opositor Partido Trabalhista

Theresa May: "Está claro que, no contato com os eleitores, a senhora May não está se saindo bem" (Toby Melville/Reuters)

Theresa May: "Está claro que, no contato com os eleitores, a senhora May não está se saindo bem" (Toby Melville/Reuters)

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Reuters

Publicado em 2 de junho de 2017 às 16h42.

Londres - A liderança antes folgada da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, para a eleição de junho recuou, mas seu Partido Conservador ainda pode estar a caminho de obter uma maioria de assentos no Parlamento, revelaram uma pesquisa de opinião e um modelo eleitoral nesta sexta-feira.

A menos de uma semana da eleição de quinta-feira, os conservadores, de May, só têm vantagem de cinco pontos percentuais diante do opositor Partido Trabalhista.

A vantagem era de 15 pontos pouco mais de uma quinzena atrás, segundo a sondagem do instituto Ipsos Mori.

De acordo com a pesquisa, os conservadores estão com 45 por cento das intenções de voto, quatro pontos menos que um levantamento comparável de 18 de maio, enquanto os trabalhistas cresceram seis pontos e chegaram a 40 por cento.

"Está claro que, no contato com os eleitores, a senhora May não está se saindo bem e está perdendo terreno, em particular entre os de meia idade e as mulheres", disse Ben Page, executivo-chefe do Ipsos Mori, à Reuters.

Page disse que a parcela de votos dos trabalhistas incluiu muitos eleitores jovens que não votaram antes.

"Mesmo com todos estes jovens que dizem que não irão votar, e podem não ir, a senhora May ainda deve conquistar uma maioria, então eu ainda não venderia minhas libras", disse Page.

Os números do levantamento ecoam pesquisas recentes que mostram o derretimento da vantagem outrora imponente de mais de 20 pontos de May de quanto ela convocou a eleição antecipada, o que significa que a premiê pode não conseguir mais a vitória folgada que esperava.

Um modelo respeitado de Michael Ashcroft, que já foi tesoureiro do Partido Conservador, indicou nesta sexta-feira que a provável maioria da premiê recuou em relação à semana passada, mas estimou que mesmo assim ela irá ampliar sua vantagem sobre a oposição para 60 cadeiras.

Não vencer a eleição de 8 de junho com uma ampla maioria enfraqueceria May na véspera do início das conversas sobre a desfiliação britânica da União Europeia, o chamado Brexit, e a perda de uma maioria mergulharia a política do país no caos.

May, que obteve o cargo em meio ao tumulto que se seguiu ao referendo chocante de 23 de junho que decidiu pelo Brexit, esperava que a eleição fortalecesse sua posição antes das negociações de separação, e se acreditava que o partido iria tirar proveito da aparente fraqueza e desorientação de seu principal rival.

Mas o líder trabalhista, Jeremy Corbyn, um socialista e pacifista de 68 anos, vem atraindo grandes multidões em seus comícios pelo país e desdenhando os alertas de oponentes de seu próprio partido segundo os quais ele irá levá-los a um desastre eleitoral.

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