Mundo

Peru tem eleição presidencial de olho no segundo turno

Os peruanos comparecem às urnas neste domingo para a eleição presidencial que tem Keiko Fujimori como favorita, mas com a previsão da necessidade de segundo turno, após uma campanha atípica que deixou candidatos pelo caminho. Quase 23 milhões de peruanos estão registrados para votar entre 8H00 (10H00 de Brasília) e 16H00 (18H00 de brasília) e […]


	Keiko Fujimori durante campanha em Cerro San Cosme, Peru
 (Janine Costa/Reuters)

Keiko Fujimori durante campanha em Cerro San Cosme, Peru (Janine Costa/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2016 às 13h06.

Os peruanos comparecem às urnas neste domingo para a eleição presidencial que tem Keiko Fujimori como favorita, mas com a previsão da necessidade de segundo turno, após uma campanha atípica que deixou candidatos pelo caminho.

Quase 23 milhões de peruanos estão registrados para votar entre 8H00 (10H00 de Brasília) e 16H00 (18H00 de brasília) e escolher o presidente, além de renovar as 130 cadeiras do Congresso unicameral.

O atual presidente, Ollanta Humala, e sua esposa, Nadine Heredia, votaram cedo em Lima.

Keiko Fujimori, de 40 anos, filha de Alberto Fujimori - que governou o Peru de 1990 a 2000 e está na prisão por corrupção e crimes contra a humanidade -, lidera as pesquisas, mas a grande batalha envolve o segundo lugar, pois é pouco provável que ela consiga 50% dos votos para evitar o segundo turno de 5 de junho.

Dez candidatos sobreviveram a uma campanha que deixou pelo caminho outro nove, incluindo Julio Guzmán, que aparecia em segundo lugar nas pesquisas e em pleno crescimento, em aplicação a uma nova lei eleitoral rígida e, para alguns, injusta.

Ao mesmo tempo, a justiça permitiu a presença de Keiko Fujimori, apesar de ter recebido a mesma acusação que provocou o veto de outro candidato, César Acuña: distribuir dinheiro para captar votos.

A candidata do partido Força Popular (direita) lidera as pesquisas com um terço das preferências, quase o dobro dos seguidores imediatos: Pedro Pablo Kuczynski (77), conhecido pelas iniciais PPK, do Peruanos pela Mudança (centro-direita), e Verónika Mendoza (35), da Frente Ampla (esquerda), que aparecem com um empate técnico.

O voto útil pode jogar a favor de PKK, que fez uma campanha de medo contra Mendoza, que nas últimas semanas avançou na disputa presidencial graças ao apoio nas zonas rurais e entre os mais pobres.

"Eleitores que haviam pensado em votar em outros candidatos podem votar em PPK para fechar o caminho de Mendoza", disse à AFP Luis Benavente, diretor do instituto Vox Populi.

Kuczynski teria mais chances do que Mendoza de superar Fujimori no segundo turno de 5 de junho, segundo as pesquisas.

Favorito da classe média-alta urbana da capital, o maior centro eleitoral do país com quase 10 milhões de habitantes, PPK, um político veterano que foi ministro várias vezes, também tem a seu favor parte do setor empresarial, que não se inclina por Fujimori.

De acordo com Benavente, a "saturação não está tanto do lado econômico, e sim do político, pela corrupção".

Ele afirma que a esperança de muitos peruanos está no Parlamento, com a expectativa de que novos congressistas, incluindo jovens bem preparados, ajudem a "limpar o país".

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCongressoEleiçõesPeru

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA