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Peru decreta emergência em três regiões afetadas por incêndios florestais

O governo do Peru enfrenta críticas e declara estado de emergência em três regiões afetadas por incêndios florestais

Incêndios florestais: estado de emergência em San Martín, Amazonas e Ucayali (AFP)

Incêndios florestais: estado de emergência em San Martín, Amazonas e Ucayali (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 18 de setembro de 2024 às 18h42.

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A presidente do Peru, Dina Boluarte, decretou, nesta quarta-feir, 18, estado de emergência em três departamentos da área de selva que ainda estão sendo fortemente afetados por incêndios florestais, os quais causaram a morte de 16 pessoas ao longo deste ano.

“Estamos acordando declarar estado de emergência nas regiões de San Martín, Amazonas e Ucayali", disse Boluarte a jornalistas durante uma pausa na reunião semanal do Conselho de Ministros.

Segundo a presidente, dos mais de 200 incêndios registrados nas regiões andinas e amazônicas do país, apenas 38 estão ativos.

“Já avançamos em 80% para controlá-los e extingui-los", acrescentou.

Crise climática e resposta governamental

Os incêndios florestais que ainda persistem localizam-se precisamente nas três áreas declaradas em emergência.

"Vivemos tempos em que as mudanças climáticas se intensificam", destacou Boluarte. Ela ainda afirmou que a ausência de chuvas e a seca prolongada agravaram a situação.

A decisão do governo ocorre após uma série de críticas dos governadores dessas regiões, que solicitaram mais recursos e apoio, afirmando que estavam sobrecarregados pelos incêndios.

Helicópteros do Exército, da Marinha e da Força Aérea foram enviados para as áreas afetadas, conforme detalhou a presidente.

Origem e impactos dos incêndios

As autoridades peruanas atribuíram à "mão humana" a origem dos incêndios, instando a população a evitar a queima de resíduos vegetais e arbustos, prática ancestral utilizada para renovar terras de cultivo. Essa técnica, embora eficaz no passado, tem sido apontada como um dos fatores que contribuem para a propagação dos incêndios.

Ativistas também cobraram mais ação do governo, destacando que esses "desastres de grande magnitude" provocaram perdas humanas, além de danos significativos aos ecossistemas e à fauna e flora silvestres, segundo a Sociedade Peruana de Direito Ambiental.

Perdas agrícolas e previsão de novos incêndios

Os incêndios, que começaram em julho, devastaram pelo menos 1.495 hectares em todo o país, destruindo plantações de milho, cebola, pêssego e abacate, além de terem afetado 2 mil hectares de pastagens. As regiões mais atingidas incluem Áncash, Huánuco, Ucayali, Amazonas, Madre de Dios, Piura, Lambayeque e San Martín.

A Defesa Civil alertou que a temporada de incêndios florestais deverá continuar até novembro.

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