Pentágono: "O acordo foi para que o EI deixasse a represa de Tabqa e suas posições remanescentes na cidade que controlava", disse o porta-voz do Pentágono Jeff Davis (U.S. Air Force/Getty Images/Getty Images)
AFP
Publicado em 12 de maio de 2017 às 20h03.
O Pentágono garantiu nesta sexta-feira que não participou de um acordo para que combatentes do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) entregassem a cidade síria de Tabqa, justificando os ataques aéreos que mataram membros do EI em meio à retirada.
As Forças Democráticas Sírias (FDS), apoiadas pelos Estados Unidos, acertaram com os jihadistas a entrega de Tabqa, cidade-chave no caminho de Raqa, "capital" do Estado Islâmico na Síria.
Mas assim que os jihadistas abandonaram a cidade, cerca de 70 combatentes foram rastreados e atacados por aviões americanos, que mataram vários homens.
"O acordo foi para que o EI deixasse a represa de Tabqa e suas posições remanescentes na cidade que controlava", disse o porta-voz do Pentágono Jeff Davis.
"Isto não altera o fato de que quando identificamos combatentes do ISIS (acrônimo do Estado Islâmico) no campo de batalha e os temos na mira, atiramos", assinalou Davis, acrescentando que as forças americanas não consideraram a atitude dos jihadistas como uma rendição.
Segundo um funcionário dos Estados Unidos, o acordo com as FDS estava em andamento há duas semanas, e
Washington tinha conhecimento das negociações, "mas não era sua preferência".
As FDS, uma aliança de forças curdas e árabes na Síria, permitiu aos combatentes do EI abandonar Tabqa em troca do "desmantelamento dos artefatos explosivos" colocados em torno da represa e "da entrega de todas as armas pesadas", segundo a coalizão internacional que combate o EI.
"Nada disto impedia a perseguição dos jihadistas", disse o comandante Adrian Rankine-Galloway. "Isto é um combate. Não fizeram um acordo conosco".