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Pentágono manterá estratégia contra EI após morte de piloto

Jordaniano capturado pelos radicais foi queimado vivo depois que Obama garantiu que "a vigilância e a determinação serão redobradas" na luta contra o EI

O refém jordaniano Maaz al-Kassasbeh (D) em pé diante de homens armados, em vídeo do Estado Islâmico (Social media via Reuters)

O refém jordaniano Maaz al-Kassasbeh (D) em pé diante de homens armados, em vídeo do Estado Islâmico (Social media via Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2015 às 06h02.

Washington - O porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, o contra-almirante John Kirby, reforçou nesta terça-feira a resposta do presidente Barack Obama para a morte do piloto jordaniano Moaz Kasasbeh e lembrou que as operações da coalizão contra o Estado Islâmico (EI) seguirão seu curso.

Kirby explicou em entrevista coletiva que o Pentágono não modificará sua estratégia contra o EI após a morte de Kasasbeh, o piloto jordaniano que foi capturado pelos radicais islamitas e queimado vivo, depois que o presidente americano, Barack Obama, garantiu que "a vigilância e a determinação serão redobradas" na luta contra o EI.

"Nós não respondemos diretamente a estas mortes. O que vamos seguir fazendo é debilitar e destruir suas capacidades e continuar colocando o EI na defensiva, no estado em que estão hoje", explicou Kirby ao ser questionado se o Pentágono tinha a intenção de intensificar seus bombardeios contra os extremistas no Iraque e na Síria.

Moaz Kasasbeh foi capturado depois que um dos aviões que participavam desses bombardeios da coalizão internacional contra o EI, que conta com a participação da Jordânia, foi derrubado em dezembro passado.

O secretário de Defesa, Chuck Hagel, ofereceu hoje suas condolências à família do piloto e à Força Aérea jordaniana pela morte "horrenda e selvagem" de Kasasbeh.

"A Jordânia continua sendo um dos pilares de nossa coalizão global para enfraquecer e destruir o EI, e acabar com estes atos de desprezível barbárie que somente reforçam nossa determinação", explicou Hagel.

Como consequência do assassinato de Moaz Kasasbeh, o rei Abdullah II da Jordânia, que se encontrava em Washington, reduziu sua agenda na capital americana e voltará ao seu país após um encontro com Obama. 

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