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Pentágono: armas da Coreia do Norte seriam destruídas com invasão

O Pentágono afirmou ainda que caso os EUA entrassem no território do país asiático, o regime poderia retaliar o movimento com uma série de armas biológicas

Coreia do Norte: Trump tenta angariar esforços contra Pyongyang devido à expansão do programa de mísseis e de armas nucleares (KCNA/Reuters)

Coreia do Norte: Trump tenta angariar esforços contra Pyongyang devido à expansão do programa de mísseis e de armas nucleares (KCNA/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de novembro de 2017 às 16h06.

Washington - A única maneira pela qual os Estados Unidos poderiam "com toda certeza" localizar e destruir todas as armas nucleares e lugares de produção da Coreia do Norte seria entrar no território do país asiático, com o regime podendo retaliar o movimento com uma série de armas biológicas, afirmou o Pentágono, em um relatório.

"A única maneira de localizar e destruir - com total certeza - todos os componentes dos programas de armas nucleares da Coreia do Norte é por meio de uma invasão terrestre", escreveu o vice-almirante Michael J. Dumont, vice-diretor do Estado-Maior Conjunto dos EUA, em uma avaliação para os congressistas americanos.

O relatório também aponta que os líderes militares dos EUA "avaliam que a Coreia do Norte pode considerar o uso de armas biológicas" e que o regime de Kim Jong-un "tem um programa de armas químicas de longa data".

De acordo com a avaliação do Pentágono, "não há boas opções militares para a Coreia do Norte. A invasão poderia resultar em uma perda catastrófica de vidas para as tropas americanas e para civis dos EUA e da Coreia do Sul", afirma o relatório.

Além disso, o documento aponta que milhões de sul-coreanos poderiam morrer, além de tropas e civis em Guam e no Japão correrem perigo.

O relatório do Pentágono é divulgado no mesmo momento em que o presidente dos EUA, Donald Trump, inicia um giro por cinco países asiáticos de 12 dias, onde pedirá por esforços contínuos de pressão contra Pyongyang devido à expansão do programa de mísseis e de armas nucleares.

Em um discurso no domingo na base aérea de Yokota, Trump reuniu membros do serviço americano e assegurou aos aliados dos EUA na região que ele não viraria as costas diante das ameaças do regime norte-coreano.

"Os guerreiros da América estão preparados para defender nossa nação usando toda a fama de nossas capacidades inigualáveis", disse.

O Pentágono também afirmou que é "desafiador" determinar estimativas melhores ou piores para um ataque convencional ou nuclear porque dependeria da intensidade e da duração do ato, bem como de quanto aviso prévio seria dado para permitir que os residentes se abrigassem.

Há 28.500 soldados americanos na Coreia do Sul. Na sequência do relatório, 14 legisladores, sendo 13 republicanos e apenas um democrata, pediram a Trump que deixasse de fazer "declarações provocativas" a Kim Jong-un, visto que elas põem em risco os esforços diplomáticos americanos.

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