Segundo o estudo, a o mercúrio encontrado nas aves é proveninente da atividade humana (Feng Li/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2011 às 18h25.
Washington - Penas de aves marinhas do Oceano Pacífico recolhidas nos últimos 120 anos mostram o incremento de um tipo de mercúrio tóxico que viria, provavelmente, de atividades humanas contaminantes, disseram cientistas americanos nesta segunda-feira.
Pesquisadores da Universidade de Harvard tiraram de duas coleções de museus dos Estados Unidos mostras de penas pertencentes ao albatroz de patas negras, em risco de extinção, afirma o estudo publicado nas Atas da Academia Nacional de Ciências.
Uma análise das penas, datadas de entre 1880 e 2002, mostram um "incremento dos níveis de metilmercúrio, una neurotoxina que puede causar danos ao sistema nervoso central e que provém da queima de combustíveis fósseis, assinala o estudo.
Acredita-se que os crescentes níveis de mercúrio nos peixes e nos alimentos de origem marinha representem uma ameaça para a saúde humana, em particular para crianças e mulheres grávidas.
"De algum modo, essas penas de aves representam a memória do oceano", disse um dos autores do estudo, Michael Bank, um cientista do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública de Harvard.
"Nossas descobertas abrem uma janela das condições históricas e atuais do Pacífico, uma área pesqueira fundamental para as populações humanas", disse Bank.
As concentrações mais altas nas penas foram vinculadas à exposição das aves no período posterior a 1990, que coincide com um pico recente das emissões de carbono provenientes das regiões da Ásia-Pacífico, em particular da China, diz o estudo.