Mundo

Peña assume Presidência do Paraguai com promessa de combate à corrupção

Político declarou que as políticas de transparência vão ajudar a melhorar a imagem do país para o mundo

O presidente do Paraguai, Santiago, faz discurso de posse, em Assunção, 15 de agosto de 2023 (Hugo Olazar/Getty Images)

O presidente do Paraguai, Santiago, faz discurso de posse, em Assunção, 15 de agosto de 2023 (Hugo Olazar/Getty Images)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 15 de agosto de 2023 às 16h50.

O direitista Santiago Peña prometeu combater a corrupção no Paraguai, ao assumir, nesta terça-feira (15), a Presidência do país, diante de dirigentes latino-americanos, do rei Felipe VI, da Espanha, e do vice-presidente de Taiwan, William Lai.

"Tenho a convicção de que os problemas de corrupção se resolvem com uma justiça independente, imparcial e rápida", disse Peña em seu discurso de posse, ao mesmo tempo em que prometeu implementar "uma política clara, contundente, inabalável pró-transparência".

Fique por dentro das últimas notícias no Telegram da Exame. Inscreva-se gratuitamente

"O sucesso é conseguir que todos os paraguaios estejam melhor e que o mundo seja testemunha do ressurgir de um gigante", acrescentou.

Peña, que aos 44 anos se tornou o chefe de Estado mais jovem da era democrática no Paraguai, é considerado o afilhado político do ex-presidente Horacio Cartes (2013-18), para quem dirigiu palavras de agradecimento "por sua perseverança e paciência para construir consensos".

Atual presidente do governista Partido Colorado (conservador), Cartes é um rico empresário do setor do tabaco, sancionado pelos Estados Unidos como "significativamente corrupto".

Em seu discurso, o novo presidente afirmou que políticas de transparência "nos permitirão mostrar ao mundo que o Paraguai está muito melhor do que infelizmente alguns relatos transmitem".

Ele também anunciou que vai instruir todas as instâncias do Executivo a integração de esforços com o Ministério Público, a justiça e a cooperação internacional para a luta contra o narcotráfico, o tráfico de seres humanos e a lavagem de dinheiro.

"Vamos trabalhar intensamente para que a política deixe de ser uma tentação para o crime organizado", reforçou.

Integração latino-americana, China e Taiwan

Economista de formação, com estudos nos Estados Unidos, Peña disse que propõe, em seu mandato, "transformar o Paraguai no centro da integração latino-americana", diante dos presidentes brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva; argentino, Alberto Fernández; uruguaio, Luis Lacalle Pou; boliviano, Luis Arce; e chileno, Gabriel Boric.

O Paraguai, um importante produtor mundial de alimentos, mas sem saída para o mar, integra o Mercosul, juntamente com Argentina, Brasil e Uruguai.

Peña disse que concentrará seus esforços em melhorar o funcionamento do bloco e aperfeiçoar seus acordos, entre eles os tratados que criaram duas hidrelétricas gigantescas, que seu país compartilha com Brasil e Argentina e que devem ser revistos este ano.

Diante do vice-presidente de Taiwan, William Lai, o novo presidente paraguaio reiterou a decisão de fortalecer as relações diplomáticas.

Assim, disse que buscará "acordos horizontais" com a China, mas que a relação com Taiwan "é uma demonstração do espírito amistoso e cooperativo do Paraguai com quem nos sentimos aliados e irmãos".

"Negociamos e continuaremos negociando com o mundo sem comprometer nossa soberania, território, nossos valores e nossa cultura", ressaltou Peña, que como presidente eleito visitou Taiwan, considerada por Pequim uma província rebelde.

O Paraguai é o único país sul-americano que mantém laços diplomáticos com Taiwan e não com a China.

Acompanhe tudo sobre:ParaguaiMercosul

Mais de Mundo

Pelo menos seis mortos e 40 feridos em ataques israelenses contra o Iêmen

Israel bombardeia aeroporto e 'alvos militares' huthis no Iêmen

Caixas-pretas de avião da Embraer que caiu no Cazaquistão são encontradas

Morre o ex-primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, aos 92 anos