Pelosi: A China tenta isolar Taiwan do restante do mundo e não critica os países que mantêm uma relação oficial com a ilha (AFP/AFP)
Estadão Conteúdo
Publicado em 3 de agosto de 2022 às 09h24.
Última atualização em 3 de agosto de 2022 às 09h55.
A presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, deixou Taiwan nesta quarta-feira, 3, após uma visita responsável por escalar tensões com a China, afirmando que ela e outros membros do
Congresso americano em sua delegação mostraram que não vão abandonar seus compromissos com a ilha. Agora, Pelosi embarca para a Coreia do Sul, próximo destino de sua tour pela Ásia, que também incluiu Cingapura, Malásia e Japão.
Pelosi desembarcou em Taiwan na terça-feira, apesar de uma série de ameaças da China, que considera a ilha parte de seu território e denunciou a visita como uma provocação. Pequim afirmou que a viagem terá consequências.
"Isto é uma completa farsa. Estados Unidos violam a soberania da China sob o pretexto da chamada 'democracia'... aqueles que ofendem a China serão punidos", disse o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, à margem de uma reunião da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) em Phnom Penh.
A China tenta isolar Taiwan do restante do mundo e não critica os países que mantêm uma relação oficial com a ilha. Pelosi é a principal autoridade americana a visitar Taiwan em 25 anos.
China e Taiwan estão separadas de fato desde 1949, quando as tropas comunistas de Mao Tsé-Tung derrotaram os nacionalistas, que se refugiaram na ilha.
Washington reconheceu em 1979 o governo de Pequim como representante da China, mas prosseguiu com o apoio militar a Taiwan.
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