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Pelo menos 70 jornalistas estão presos por ofensiva no sul da Síria

O regime sírio e seus aliados enfrentam rebeldes em Deraa desde junho e os jornalistas estão presos em uma província próxima ao conflito

Os países que fazem fronteira mantiveram as passagens fechadas, impedindo a saída dos jornalistas (Alaa al-Faqir/Reuters)

Os países que fazem fronteira mantiveram as passagens fechadas, impedindo a saída dos jornalistas (Alaa al-Faqir/Reuters)

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EFE

Publicado em 11 de julho de 2018 às 10h07.

Última atualização em 26 de outubro de 2018 às 12h04.

Cairo - Pelo menos 70 jornalistas e trabalhadores de veículos de imprensa estão retidos no sul da Síria, entre a província de Deraa e a de Quneitra, onde as forças do regime de Bashar Al-Assad desenvolvem uma ofensiva contra as facções rebeldes e islamitas, denunciou nesta quarta-feira o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ, por sua sigla em inglês).

Forças leais ao presidente sírio combatem desde 19 de junho nesta província meridional, onde o Governo sírio e as milícias aliadas conquistaram 80% do território.

Em meio aos enfrentamentos, pelo menos 70 jornalistas estão presos na vizinha Quneitra, entre as forças leais a Assad e as fronteiras de Israel e Jordânia, países que mantiveram as passagens fechadas desde o início da disputa.

"Dado o perigo dos combates, assim como a mão dura dos serviços de segurança sírio com jornalistas e trabalhadores dos veículos de imprensa no passado, não é de estranhar que os jornalistas em Deraa e Quneitra tenham medo", disse o Coordenador do Programa de Proteção de jornalistas do CPJ para o Oriente Médio e Norte da África, Xerife Mansour.

Por sua vez, a Associação de Jornalistas Sírios denunciou ontem que cerca de 270 jornalistas, ativistas em redes de informação e trabalhadores dos veículos de imprensa "estão expostos a um perigo iminente" no sul da Síria pelo avanço das tropas sírias.

No comunicado, o CPJ informou que só pôde confirmar 70 destes casos.

"Os jornalistas locais têm medo do avanço do Governo sírio, das forças russas e das milícias respaldadas pelo Irã. Necessitamos de uma passagem segura fora de Quneitra, seja através das Colinas de Golã (controlados por Israel) ou via (província síria de) Idlib, e precisamos de garantias que teremos segurança", disse um desses jornalistas presos, citados pelo CPJ e identificado como Al Hourani.

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